A reinvenção do poema em Salette Tavares

• Silva, Rogério Barbosa da ^[1]
  1. [1] CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
• Localización: Revista 2i: Estudos de identidade e intermedialidade, ISSN-e 2184-7010, Vol. 5, Nº. 8, 2023 (Ejemplar dedicado a: Salette Tavares: «vocation of being itinerant»), págs. 103-112
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The reinvention of poem in Salette Tavares
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• Resumen
  • português

    Neste artigo, busca-se discutir a poesia de Salette Tavares sob o signo da invenção e do jogo. Através do jogo, em que a linguagem é exercitada nos planos verbal e não verbal, Tavares renova a matéria que gravita imersa na memória da infância ou na experiência livre com as linguagens e os objetos que nos cercam, conduzindo-nos por novas experiências estéticas. A poeta reinventa o poema, ele próprio tornado um objeto crítico em diálogo com as demais coisas do mundo. Em sua poesia e em seus textos, parece-nos imperativa a necessidade de re-situar a escrita no contexto de uma “sociedade de objetos”. Há uma fricção entre o gesto de desfazer e reconstruir o objeto enquanto escrita crítica. Refletir sobre a escrita é parte desse processo, como em "Brincade iras", ou em Lex Icon. Em poemas deste último, é possível vislumbrarmos a descoberta das coisas pelas palavras, e vice-versa. Traremos outros exemplos e leitura de outras obras ao longo do texto. No entanto, é relevante observarmos a conexão entre o seu fazer e a experienciação das coisas. Por esse viés, pretendemos demonstrar que sua poética se faz através da problematização da linguagem e sua ressignificação.

  • English

    In this paper, we discuss the poetry of Salette Tavares under the sign of invention and play. Through the play of language in the verbal and non-verbal planes, Tavares renews the matter that gravitates immersed in the memory of childhood or in the free experience with the languages and objects that surround us, leading us to new aesthetic experiences. The poet reinvents the poem, which itself becomes a critical object in dialogue with other things in the world. In her poetry and in her texts, the need to re-situate writing in the context of a "society of objects" seems imperative. There is a friction between the gesture of undoing and reconstructing the object as critical writing. Reflecting on writing is part of this process, as in “Brincade iras”, or in Lex Icon. In the latter's poems, we can glimpse the discovery of things through words, and vice versa. We will provide other examples and read other works throughout the text. However, it is important to note the connection between his work and the experience of things. In this way, we intend to demonstrate that her poetics is made through the problematization of language and its re-signification.