No centenário do nascimento do autor e sessenta anos após a publicação de La vita agra, é o momento de tomar Luciano Bianciardi como um filósofo do trabalho. Neste artigo pretendo apoiar tal afirmação. Pretendo opor-me a dois modelos sobre a nova natureza do trabalho: "a linguagem como trabalho", "o trabalho como linguagem". O primeiro modelo remonta a Ferruccio Rossi-Landi e tem o seu protótipo no artesão dos nomes do Crátilo de Platão. O segundo modelo pode ser deduzido de uma passagem filosoficamente significativa contida no romance mais importante de Bianciardi. Para além dos resultados ociosos e impolíticos da sua ficção e da sua vida, penso que o modelo de Bianciardi é o mais fiável para compreender o trabalho contemporâneo e para imaginar formas de luta e de fuga ao nosso descontentamento.
On the centenary of the author’s birth and sixty years after the publication of La vita agra, it’s time to take Luciano Bianciardi as a philosopher of work. In this article I mean to support such a statement. I intend to oppose two models about the new nature of work: ‘language as work’, ‘work as language’. The first model dates back to Ferruccio Rossi-Landi and it has a prototype in the craftsman of the names in Plato’s Cratylus. The second model can be deduced from a philosophically meaningful passage contained in Bianciardi’s most important novel. Beyond the idle and impolitic outcomes of his fiction and his life, I think that Bianciardi’s model is the most trustworthy one for understanding contemporary work and for imagining forms of struggle and of escape from our discontent.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados