Resumen de Da fronteira geográfica à digital: "bolhas", novas mediações comunicacionais e o domínio do audio(visual). Entrevista com Gilberto Maringoni
Iberê Moreno Rosário e Barros (entrev.), Adriel Henrique Francisco Cassini (entrev.), Gilberto Maringoni (entrevistado)
Na entrevista com Maringoni, quadrinista, político e pesquisador, são exploradas as concepções de fronteira no contexto político, cultural e comunicacional. Maringoni destaca a natureza multifacetada das fronteiras, que variam de acordo com o contexto histórico e social. Ele argumenta que, embora as fronteiras territoriais tenham sido tradicionalmente dominantes, o surgimento da internet e das redes sociais introduziu novas formas de fronteiras, como tribos ou bolhas, baseadas em identidades digitais e ideológicas.
A entrevista também examina a polarização e a fragmentação da sociedade resultantes da formação de bolhas, que limitam a exposição a perspectivas diversas e promovem a desqualificação do outro. Maringoni enfatiza que essa fragmentação não é exclusiva das fronteiras nacionais, mas também ocorre dentro dos Estados, onde grupos divergentes competem de maneira violenta pela influência.
Quanto à arte da charge, Maringoni observa uma mudança de paradigma devido à transição da mídia impressa para a digital. Embora o espaço para charges nos jornais tenha diminuído, artistas encontraram novas plataformas online para divulgar seu trabalho, adaptando-se à linguagem visual predominante nas redes sociais. Ele destaca a importância dos memes como uma forma de comunicação contemporânea, ressaltando tanto a criatividade quanto a proliferação de conteúdos questionáveis.
Por fim, a entrevista oferece uma análise abrangente das fronteiras nas esferas política, cultural e comunicacional, destacando as mudanças e desafios enfrentados em uma sociedade cada vez mais conectada e fragmentada.
