As Dores de Mulheres Negras te Comovem?: Escrevivências sobre a maternidade solo em “Maria” e “Zaíta Esqueceu de Guardar os Brinquedos”, de Conceição Evaristo

• Fernandes, Bismark ^[1] ; Milreu, Isis ^[1]
  1. [1] Universidade Federal de Campina Grande

     Universidade Federal de Campina Grande

     Brasil

     
• Localización: Revista de Literatura, História e Memória, ISSN 1983-1498, Vol. 19, Nº. 34, 2023 (Ejemplar dedicado a: CONEXÕES AMEFRICANAS EM MOVIMENTO: PERSPECTIVAS DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO)
• Idioma: portugués
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• Resumen
  • English

    This paper aims to examine the portrayal of black mothers in Conceição Evaristo’s literature through the marks of violence and solo motherhood in the characterization of Maria and Benícia, characters respectively present in the short stories “Maria” and “Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos”, both part of the collection Olhos d’água (2016). This work highlights how the author uses the “escrevivência” to address gender and racial oppression, denouncing the violence that pervades the bodies of black women. In order to develop this analysis, the theoretical framework of this reading includes studies developed by Bourdieu (2017), González (1982; 2020), Hooks (2019), Mbembe (2018), Pacheco (2013), Vèrges (2020), among other scholars that investigate the subject.

  • português

    O presente artigo objetiva examinar a representação das mães negras na literatura evaristiana a partir das marcas da violência e da maternidade solo presentes na caracterização das personagens Maria e Benícia, personagens, respectivamente das narrativas “Maria” e “Zaíta esqueceu de guardar os brinquedos”, ambos os contos inseridos na coletânea Olhos d'água (2016), de Conceição Evaristo. Esse trabalho destaca como a autora utiliza a escrevivência para abordar as opressões de gênero e de raça denunciando as violências que atravessam os corpos das mulheres negras. Para desenvolver a nossa análise o alicerce teórico dessa leitura abarcará os estudos desenvolvidos por Bourdieu (2017), González (1982; 2020), Hooks (2019), Mbembe (2018), Pacheco (2013), Vèrges (2020), entre outros estudiosos que se debruçam sobre o assunto.