História e presente em coexistência: o sistema tradicional de família e a submissão aparente da mulher japonesa

• Gomes, Vitor Arraes ^[1]
  1. [1] Universidade Estadual Paulista

     Universidade Estadual Paulista

     Brasil

     
• Localización: Revista Aurora, ISSN-e 1982-8004, Vol. 14, Nº. 3, 2021, págs. 49-62
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • History and present in coexistence: the traditional family system and the apparent submission of the japanese woman
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  • English

    Long before the so-called westernization of Japan, in the 19th century, the female figure had had an enormous influence on Japanese society, present in the forms of mythical explanation about the origin of the world and of life since the Muromachi era (1336). For a long time, the idea of a faithful companion, guardian of the home and father of children had marked the Japanese woman in the old family circle, but procedurally opened the space for the emergence of the “new woman”, at the end of the second half of the 20th century. Thus, financial independence, professional achievement and greater security are recent achievements that coexist with pathological social problems from the postwar period onwards. Within this universe of research, we seek to analyze the social constitution process of Japanese women through certain phenomena in the history of Ancient and Modern Japan, such as the traditional family ie system and the transformations of the Meiji Era (1868-1912). Methodologically, it starts with literary analysis by articulating sociological precepts with studies on Japanese culture. This new scenario is authentic in the history of a secular country demarcated by patriarchal systems and rigid mechanisms of ethical-moral conduct. Past appearances and stigmas need to be analyzed through the eyes of the social scientist in order to apprehend the new singularities.

  • português

    Muito antes da chamada ocidentalização do Japão, no século XIX, a figura feminina exercera enorme influência sobre a sociedade nipônica, presente nas formas de explicação mítica sobre a origem do mundo e da vida desde a era Muromachi (1336). Por muito tempo, a ideia de companheira fiel, guardiã do lar e geradora de filhos marcara a mulher nipônica do círculo familiar antigo, mas processualmente abriu espaço para a emergência da “nova mulher”, ao final da segunda metade do século XX. Desse modo, a independência financeira, a realização profissional e a maior segurança são conquistas recentes que coexistem com problemas sociais patológicos a partir do pós-guerra. Dentro deste universo de pesquisa, procura-se analisar o processo de constituição social da mulher japonesa através de determinados fenômenos da história do Japão Antigo e Moderno, tais como o sistema ie de família tradicional e as transformações da Era Meiji (1868-1912). Metodologicamente, parte-se de análise literária mediante a articulação de preceitos sociológicos com os estudos sobre cultura japonesa. Este novo cenário é autêntico na história de um país secular demarcado por sistemas patriarcais e mecanismos rígidos de conduta ético-moral. As aparências e estigmas passados precisam ser analisados pelo olhar do cientista social para a apreensão das novas singularidades.