A etiologia da materialidade na teoria discursiva de Michel Foucault

• Freixo, Estêvão Carvalho ^[1]
  1. [1] Rio de Janeiro State University
• Localización: Revista Aurora, ISSN-e 1982-8004, Vol. 13, Nº. 2, 2020, págs. 9-26
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The etiology of materiality in Michel Foucault’s discursive theory
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    The field of discourse analysis, especially the segment that developed in France from the foundational works of Foucault and Pêcheux, has been concerned, since the results achieved by these two authors, with the important question of the implications of materiality in discourse. In this work, we recover certain positions in the domain of science and philosophy from which some theoretical turns responsible for important changes in this regard unfolded. Our analysis indicates that the concept of matter came to offer itself, from the 18th century onwards, as a new center of reference in a context in which it was necessary to undertake a long and hard battle against the primacy of consciousness, refusing, since then, to thinking substance as a starting point for scientific analysis. What seems worthy of note, however, is that important features of metaphysical reason have been somehow preserved – in different degrees and forms – in the cases we consider here.

    Submitted on: 06/25/2020Accepted on: 07/19/2020

  • português

    O campo da análise do discurso, em especial o segmento que se desenvolveu na França a partir dos trabalhos fundacionais de Foucault e Pêcheux, tem se havido, desde os resultados alcançados por esses dois autores, com a importante questão das implicações da materialidade no discurso. Neste trabalho, recuperamos certas posições no domínio da ciência e da filosofia a partir das quais se desdobraram alguns giros teóricos responsáveis por importantes modificações a esse respeito. Nossa análise indica que o conceito de matéria veio se oferecer, a partir do século XVIII, como novo centro de referência num contexto em que se fazia necessário empreender uma longa e dura batalha contra o primado da consciência, recusando-se, desde então, a substância pensante enquanto ponto de partida da análise científica. O que nos parece digno de nota, todavia, é que traços importantes da razão metafísica tenham sido de algum modo conservados – em graus e em formas distintas – nos casos que aqui consideramos.

    Submetido em: 25/06/2020Aceito em: 19/07/2020