Brasil
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This article aimed to analyze the emancipatory ideological character of the Solidarity Economy policy adopted in Brazil between 2002 and 2013 in the light of the concept of social emancipation from a "Marxian" perspective. This study, which is qualitative, was based on the methodological contributions of Godoi, Bandeira-de-Mello e Silva (2006). Initially, classical articles dealing with the concept of emancipation were consulted, such as those by Marx, Engels and Gramsci. Then, it focused on contemporary articles on Solidarity Economy, such as those by Singer, Santos and Barbosa. It was possible to conclude that there is a significant gap between the emancipation proposals outlined by Marx and those that support Solidarity Economy in current standards. This conclusion reveals an ideological change in the movement, which has gone from being independent to allying itself with the State, thus contributing to overcoming problems generated by capitalism, such as unemployment and social inequality and, consequently, to the continuity of the capital system.
Esse artigo objetivou analisar o caráter ideológico emancipatório da política de Economia Solidária adotada entre 2002 e 2013 no Brasil à luz do conceito de emancipação social da perspectiva “marxiana”. Esse estudo, que é qualitativo, apoiou-se nas contribuições metodológicas de Godoi, Bandeira-de-Mello e Silva (2006). Inicialmente, artigos clássicos que tratam do conceito de emancipação foram consultados, como os de Marx, Engels e Gramsci. Em seguida, concentrou-se em artigos contemporâneos sobre Economia Solidária, como os de Singer, Santos e Barbosa. Pôde-se concluir que existe um distanciamento significativo entre as propostas de emancipação delineadas por Marx e aquelas que dão suporte à Economia Solidária nos padrões atuais. Essa conclusão revela uma mudança ideológica do movimento, que deixou de ser independente para se aliar ao Estado, contribuindo assim para a superação de problemas gerados pelo capitalismo, como desemprego e desigualdade social e, por consequência, para a continuidade do sistema do capital.
Submetido em: 06/06/2020Aprovado em: 02/07/2020
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