A perspectiva de gênero é imprescindível neste tempo de mudança de época. Não se trata apenas de uma temática, mas constitui um novo paradigma antropológico, social, cultural e teológico. Relações novas não serão construídas sem a desconstrução da cosmovisão patriarcal e androcêntrica. Partindo desta constatação terei a ousadia de fazer uma reflexão sobre “a dialética do senhor e do escravo” que encena uma cultura de poder e reconhecimento tal como é apresentada na obra Fenomenologia do espírito de Hegel personificando-a na relação: homem e mulher. Porque até hoje, o alcance desta diferença foi ocultado. Seja pela supremacia de um dos sexos, no caso o masculino, seja porque a luta pela igualdade prevaleceu sobre a questão da diferença, confundindo diferença com desigualdade e identidade com igualdade.
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