This article addresses the discursive strategies adopted by the Observatório Interamericano de Biopolítica (OIB) to oppose Brazilian sexual and gender policies. It shows how the OIB uses supposedly scientific information, but without proof, to legitimise and disseminate its causes. We adopted a qualitative methodology, supported by documentary and bibliographic research. We analysed some of the OIB’s speeches at the 2014 “Gender, Abortion and Society” Seminar. The results show that the OIB uses typical troll science strategies to promote its arguments in environments considered secular, and also appeals to a “confirmation bias” strategy. The findings contribute to the understanding of discursive strategies used by anti-gender movements in contemporary times.
Este artigo aborda as estratégias discursivas adotadas pelo Observatório Interamericano de Biopolítica (OIB) para se contrapor às políticas sexuais e de gênero no Brasil. O objetivo é evidenciar como o OIB se utiliza de informações pretensamente científicas, mas sem comprovação, para legitimar e disseminar suas causas. Para tanto, adotamos metodologia qualitativa, apoiada na pesquisa documental e bibliográfica. Foram analisados, especificamente, alguns discursos do OIB no Seminário “Gênero, Aborto e Sociedade” realizado em 2014. Os resultados do estudo mostram que a organização usa estratégias típicas da troll science para promover seus argumentos em ambientes considerados laicos, apelando, também, para uma estratégia conhecida como “viés de confirmação”. Os achados da pesquisa contribuem para entender quais as estratégias discursivas utilizadas pelos movimentos antigênero na contemporaneidade.
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