“Memórias invisíveis”: a produção de um documentário sobre o Abrigo Municipal de Alienados Oscar Schneider

• Mariana Zabot Pasqualotto ^[1] ; Andrea V. Zanella ^[1]
  1. [1] Universidade Federal de Santa Catarina

     Universidade Federal de Santa Catarina

     Brasil

     
• Localización: Tempo e Argumento, ISSN-e 2175-1803, Vol. 13, Nº. 33, 2021 (Ejemplar dedicado a: Ensino de História e Tempo Presente), págs. 114-114
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • “Invisible memories”: The Oscar Schneider Municipal Alienated People Shelter documentary production
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• Resumen
  • English

    This article discusses some senses produced in the research experience and production of a documentary about territory memories where was founded Oscar Schneider Municipal Alienated People Shelter (1923-1942), Joinville’s first psychiatric institution. Theshelter edification was realized, in second decade of twentieth century, at the bottom of a cemetery territory and far from urban center contact. After its closure, the physical structure was used as Politic Prison (1942-1945) and, later, as military police families habitation (1950-1970), until it was demolished, around 1970, in order to expand the cemetery. In this article, it is narrated the script elaboration and the “Invisible Memories” documentary recording process, constituted by interviews with witnesses of the mansion existence and aesthetic-artistic interventions (performances and images projections) operated in actual territory where existed the municipal cemetery edification. The article presents as results reflexions about ethical relation withlives traces that passed by the psychiatric institution and also points to political importance of invisibilized memories tensioning strategies connected to madness history.

  • português

    Este artigo traz alguns sentidos produzidos na experiência de pesquisa e de produção de um documentário a respeito das memórias do território onde se fundou o Abrigo Municipal de Alienados Oscar Schneider (1923-1942), primeira instituição psiquiátrica de Joinville/SC. A edificação do Abrigo de Alienados foi realizada, na segunda década do século XX, aos fundos do território de um cemitério e distante do contato com o centro urbano. Após seu fechamento, sua estrutura física foi utilizada como Presídio Político (1942-1945) e, mais tarde, como moradia de famílias de policiais militares (1950-1970), até ser demolida, por volta de 1970, para fins de ampliação do cemitério. Neste artigo, narra-se a elaboração do roteiro e o processo de gravação do documentário “Memórias Invisíveis”, constituído por entrevistas com testemunhas da existência do casarão e intervenções estético-artísticas (performances e projeções de imagens) operadas no território atual onde existiu a edificação, a saber, o cemitério municipal. O artigo traz como resultados reflexões sobre a relação ética para com os vestígios das vidas que tiveram passagem na instituição psiquiátrica e aponta também para a importância política de estratégias de tensionamento de memórias invisibilizadas ligadas à história da loucura.