Antonio José Alves Junior, Debora Mesquita Pimentel
Este artigo enfoca a aceleração da concessão de crédito às famílias brasileiras desde a irrupção da Pandemia. A hipótese de trabalho é o crédito desempenhou crescentemente um papel de sustentar (a) o padrão de vida de famílias que perderam renda, (b) o nível de consumo e demanda agregados, e (c) o lucro dos bancos. Não obstante, o aumento da fragilização financeira das famílias, medido pelo aumento do endividamento, pelo aumento do comprometimento da renda com o serviço da dívida e pelo aumento da inadimplência, representa mais riscos para os bancos, que, por essa razão, são levados a ajustar sua estratégia. Isso explica o aumento dos spreads e a desaceleração na oferta de novos empréstimos às famílias. Considerando a importância do crédito às pessoas físicas, o artigo conclui que haverá desdobramentos econômicos e sociais negativos, a menos que os empregos e a renda das famílias se eleve, tornando urgente a implementação de políticas que os contenham.
This article focuses on the acceleration of lending to Brazilian households since the outbreak of the Pandemic. The working hypothesis is that credit had increasingly played a role in supporting (a) the standard of living of families who lost income during Pandemic, (b) the level of aggregate consumption and demand, and (c) the banks' profits. However, the increase in the financial fragility of families, measured by the growth in indebtedness level, the increase in the commitment of income to debt service, and the rise in default, represents more risks for banks, which, for this reason, are led to adjust their strategies. This explains the increase in spreads and the slowdown in the supply of new loans to families. Considering the importance of credit to individuals, the article concludes that there will be negative economic and social consequences, unless jobs and family income increase, making it urgent to implement policies that contain them.
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