Este artigo tem como objetivo analisar o regime de acumulação do Brasil no período após o Plano Real, compreendendo que este se realiza como um marco institucional de um novo padrão de ganhos, voltado para as elevadas rendas de juros. A literatura utilizada nos fornece os conceitos de dominância financeira ou ainda de um regime de acumulação do tipo finance-led, tentando estabelecer os vínculos estruturais e conjunturais entre a acumulação financeira e a produtiva. Essa provisão se faz necessária na busca de uma resposta a um questionamento comum em relação ao regime de crescimento nacional, que é o fato de que apesar da estabilidade de preços e das condições favoráveis para o comércio exterior, a performance macroeconômica brasileira tem permanecido muito abaixo do que se espera para uma economia ainda em desenvolvimento.
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