El presente artículo indaga la conflictiva relación entre los lineamientos programáticos de la intelligentsia revolucionaria y las aspiraciones de las masas populares en el marco del proceso revolucionario ruso de 1917. Los primeros abogaban por una ruptura radical con el pasado autocrático y una redefinición de los fundamentos de la sociedad futura a partir de un poder centralizado. Se trataba de un denominador común para concepciones tan disímiles como el anarco-biocosmismo y el socialismo bolchevique. Las bases movilizadas, en cambio, pretendieron operar una redefinición revolucionaria de la lógica inmanente al viejo sistema, antes que su total destrucción. Argumentaremos que es posible comprender tanto el trasfondo ideológico que unificaba la perspectiva emancipatoria de anarquistas-biocosmistas y bolcheviques, como la divergencia entre estas visiones y las aspiraciones de los restantes sectores subalternos, dado el análisis de la dinámica propia de la estructura estamental de la Rusia zarista tardía. Destacaremos que el posicionamiento externo que respecto de dicha estructura asumió la intelectualidad revolucionaria, en contraste con la modalidad de integración que en ella adoptaron las bases trabajadoras, puede brindar una clave interpretativa en el momento de analizar la contraposición de perspectivas entre ambas fracciones del movimiento revolucionario.
This article explores the conflicting interplay between the programmatic guidelines of the revolutionary intelligentsia and the aspirations of the popular masses in the context of the Russian revolutionary process of 1917. The former advocated a radical break with the autocratic past and a redefinition of the foundations of the future society on the basis of a centralised power. This was a common denominator for such dissimilar conceptions as Anarcho-Biocosmism and Bolshevik socialism. The mobilised rank and file, on the other hand, sought to bring about a revolutionary redefinition of the logic immanent to the old system, rather than its total destruction. We will argue that it is possible to understand both the ideological background that unified the emancipatory perspective of AnarchistsBiocosmists and Bolsheviks, as well as the divergence between these visions and the aspirations of the remaining subaltern sectors, by analysing the dynamics of the late Tsarist Russian estates structure. We will emphasise that the external position taken by the revolutionary intelligentsia towards this structure, in contrast to the mode of integration adopted by the rank and file toilers, can provide an interpretative key when analysing the contrasting perspectives of the two fractions of the revolutionary movement.
Este artigo explora a relação conflituosa entre as directrizes programáticas da intelligentsia revolucionária e as aspirações das massas populares no contexto do processo revolucionário russo de 1917. Os primeiros defendiam uma ruptura radical com o passado autocrático e uma redefinição dos fundamentos da sociedade futura, com base no poder centralizado. Esse era o denominador comum de concepções tão díspares, como o anarco-biocosmismo e o socialismo bolchevique. As bases mobilizadas, por outro lado, procuravam uma redefinição revolucionária da lógica imanente para o velho sistema, em vez da sua destruição total.
Defenderemos que é possível compreender tanto o contexto ideológico que unificou a perspectiva emancipatória dos anarquistas-biocosmistas e bolcheviques, quanto a divergência entre essas visões e as aspirações dos restantes setores subalternos, analisando a dinâmica da estrutura das classes sociais da Rússia tsarista tardia. Sublinharemos que a posição externa assumida pela intelligentsia revolucionária em relação a essa estrutura, em contraste com o modo de integração adotado pelos trabalhadores de base, pode constituir uma chave interpretativa na análise das perspectivas contrastantes das duas fracções do movimento revolucionário
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