«Empresas lusitanas contra castelhanas empresas»: O duelo emblemático entre o dragão e o leão nas batalhas livrescas dos reinos ibéricos (1640-1668)

• Filipa Medeiros Araújo ^[1]
  1. [1] Universidade de Coimbra

     Universidade de Coimbra

     Coimbra (Sé Nova), Portugal

     
• Localización: Ignoranti Quem Portum Petat, Nullus Suus Ventus Est: novos caminhos e desafios dos estudos icónico- -textuais / coord. por Ana Cristina Sousa, José Julio García Arranz, Carme López Calderón, Marisa Pereira Santos, 2023, ISBN 9789898970572, págs. 111-128
• Idioma: portugués
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• Resumen
  • English

    Research has shown that the scarcity of Portuguese emblem books contrasts with the multiple cases of emblematic devices applied on ephemeral art structures or displayed at iconographic programs painted on tiles. In this context, the manuscript written by friar Gabriel da Purificação, entitled Emprezas Luzitanas contra Castelhanas Empresas (1663), gains relevance. This study aims to discuss the originality of its compositions, highlighting the symbols there used to represent the kingdoms of Portugal and Castile, in the wake of the bookish controversy between Caramuel and Sousa de Macedo. It will also be suggested an intertextual dialogue with the manuscript Temple of Fame, in order to emphasize the recurrence of the fight between the dragon and the lion as a symbolic representation of the political combat between the Iberian kingdoms. After all, to what extent can we consider that the symbolic duel waged by the logo-iconic compositions reflects the impact of emblematic language at the service of Restoration propaganda?

  • português

    A investigação tem demonstrado que a escassez de livros de emblemas portugueses contrasta com os significativos exemplos de produção emblemática em estruturas de arte efémera ou em programas iconográficos pintados sobre azulejo. Neste contexto, ganha relevância o manuscrito assinado por frei Gabriel da Purificação, intitulado Emprezas Luzitanas contra Castelhanas Empresas (1663). Pretende-se, assim, discutir a originalidade das composições, destacando os símbolos utilizados para representar os reinos de Portugal e de Castela, na senda da polémica livresca travada entre Caramuel e Sousa de Macedo. Será, ainda, sugerido um diálogo intertextual com o manuscrito do Templo da Fama, de modo a salientar a recorrência da luta entre o dragão e o leão como representação simbólica do combate político entre os reinos ibéricos. Afinal, em que medida podemos considerar que o duelo simbólico travado pelas composições logoicónicas reflete o impacto da emblemática ao serviço da propaganda da Restauração?