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Resumen de Malunguinhos: tráfico de africanos e pecuária escravista na fronteira oeste do Rio Grande do Sul (c.1820-1840)

Leandro Goya Fontella, Luís Augusto Farinatti, Marcelo Santos Matheus

  • English

    The themes of this article are the scope of the transatlantic traffic of enslaved Africans in regions with an internal market economy in Brazil, in the first half of the 19th century, and the characteristics of the exploitation of those workers. Through the analysis of parochial records of baptisms and post mortem inventories from two locations on the western boundary of Rio Grande do Sul (1820-40), we investigated the capacity for dispersion and adaptation of slavery and trafficking in Brazilian territory. We noticed that cattle ranching production, predominant in the space studied, established a pattern of using very young captives, which was conditioned and conditioned the regional demand for enslaved Africans since the end of the 18th century. We conclude that: 1) the transatlantic trade played an important role even in spaces of subsidiary economy in Rio Grande do Sul, which connected to the charqueada-plantations complex and 2) the age of the baptized slaves indicates that their initiation into productive activities occurred in an age group closer to 10 to 12 years than to 14 to 15, which is considered by a considerable portion of historiography as the beginning of the productive age of captives.

  • português

    As temáticas deste artigo são o alcance do tráfico transatlântico de africanos escravizados em regiões de economia de mercado interno do Brasil, na primeira metade do Oitocentos, e as características da exploração daqueles trabalhadores. Por meio da análise de registros paroquiais de batismos e de inventários post mortem de duas localidades da fronteira oeste do Rio Grande do Sul (1820-40), investigamos a capacidade de dispersão e de adaptação da escravidão e do tráfico no território brasileiro. Percebemos que a produção pastoril, predominante no espaço estudado, estabeleceu um padrão de utilização de cativos muito jovens, o qual foi condicionado e condicionou a demanda regional de africanos escravizados desde fins do Setecentos. Concluímos que: 1) o tráfico transatlântico desempenhava um papel importante até mesmo em espaços de economia subsidiária no Rio Grande do Sul, que se conectavam ao complexo charqueada-plantations e 2) a idade dos escravos batizados indica que a iniciação deles nas atividades produtivas ocorria numa faixa etária mais próxima dos 10 a 12 anos do que dos 14 a 15, que é considerada por considerável parcela da historiografia como início da idade produtiva dos cativos.


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