Sónia Sias, Ana Silva, João Rosado, Cristina Lavareda Baixinho
Introdução: A dificuldade comunicacional com a pessoa ventilada mecanicamente é uma realidade do quotidiano em unidades de cuidados intensivos, a qual pode ter um grande impacto a nível fisiológico (aumentando a predisposição a alterações do estado clínico), psicológico (levando a sentimentos como frustração, medo e ansiedade) e até psíquico (podendo desenvolver quadros como depressão ou stress pós-traumático). Objetivo: Identificar as intervenções de enfermagem promotoras da comunicação com a pessoa com ventilação mecânica invasiva. Método: Revisão Umbrella, abrangendo revisões dos últimos 10 anos. A partir da questão “Quais as estratégias de comunicação com a pessoa ventilada em unidade de cuidados intensivos?”, elaborada de acordo com a estratégia PICo, definiram-se os critérios de inclusão e exclusão das revisões, obtidas nas bases de dados CINAHL, Scopus, MEDLINE, Cochrane e no motor de busca B-on. A amostra bibliográfica utilizada para a elaboração desta revisão é constituída por quatro artigos. Resultados: As estratégias comunicacionais mais usadas, envolvem intervenções simples e custo-efetivas como gestos ou mímica labial, são também frequentemente usadas estratégias comunicacionais do espetro da comunicação alternativa e aumentativa, apresentando uma eficácia moderada. Já o recurso a dispositivos eletrónicos apresenta uma eficácia elevada, no entanto, são pouco usados na clinica devido à falta de recursos e formação dos profissionais. Conclusões: Existe uma grande diversidade de estratégias comunicacionais com a pessoa sob ventilação mecânica invasiva, das quais é de realçar a utilização de gestos, da expressão facial, linguagem corporal, movimentos de cabeça, apertar as mãos, o tato, a utilização de materiais como o lápis e papel, as letras do alfabeto, as placas de palavras e imagens, válvulas de comunicação, eletrolaringe, tubos de traqueostomia com dispositivos que permitam a comunicação e dispositivos de comunicação alternativa e aumentativa de alta tecnologia.
Introduction: The difficulty in communicating with mechanically ventilated patients is a daily reality in intensive care units, which may have a major impact on patients at the physiological (increasing the predisposition to clinical status changes), psychological (leading to feelings of frustration, fear, and anxiety), and even psychological (which may lead to depression or post-traumatic stress) levels. Objective: To identify the nursing interventions that promote communication with patients under invasive mechanical ventilation. Method: Umbrella review, including reviews from the last 10 years. Based on the question "Which are the strategies for communication with the person under ventilation in the intensive care unit?", prepared according to the PICo strategy, the inclusion and exclusion criteria of the reviews were defined, obtained from the CINAHL, Scopus, MEDLINE and B-on search engine databases. The bibliographic sample used for the preparation of this review consists of five articles. Results: The most commonly used communication strategies involve simple and cost-effective interventions such as gestures or lip-syncing; alternative and augmentative communication strategies are also frequently used, with moderate effectiveness. The use of electronic devices is highly effective, however, the frequency of use is still low due to the lack of resources and training of professionals. Conclusion: There is a wide diversity of communication strategies with the person under invasive mechanical ventilation, among which we should highlight the use of gestures, facial expression, body language, head movements, shaking hands, touch, the use of materials such as pencil and paper, alphabet letters, word and image boards, communication valves, electro-larynx, tracheostomy tubes with devices allowing.
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