Resumen de Eleições legislativas na Itália (25 de Setembro de 2022)
Rui Pinto, Diogo Pina Chiquelho, Rodrigo Farinha, Tiago Simões
A situação italiana, ao nível político, económico e social, está demarcada por uma inconstante variação. Ao sofrer notoriamente com a II Guerra Mundial, tendência essa sentida pela generalidade dos países europeus, e muito na sequência daquilo que já vinha sendo impulsionado pelo primeiro grande conflito bélico à escala mundial, de onde os países participantes, mas também aqueles nos quais os danos colateralmente se repercutiram, saíram frágeis, tem trilhado o seu percurso de longo prazo em busca dos melhores rácios. Ultrapassada essa era mais esbatida do Conflict and Autarky (1913-1950), entre 1950 e 1973 motivou-se positivamente a economia, não fosse esta a Golden Age. A Europa Ocidental passou de uma taxa anual de crescimento de 1,19% entre 1913 e 1950, para uma taxa anual de crescimento de 4,81% entre 1950-1973, ou veja-se o plano das exportações, onde a disparidade é mais notória: com um decréscimo anual médio de -0,14% entre 1913-50, as exportações passaram a crescer cerca de 8,38% ao ano na Europa Ocidental. A abertura ao mercado pelos países, em detrimento do isolacionismo que os condenava, foi determinante para referenciais resultados, com a criação de organizações internacionais que dinamizaram o mercado aberto: “Do êxito destas instituições, a par de (e potenciando) outros fatores, são sintomáticos os números apurados durante o período que decorreu desde 1950 até 1973, sem paralelo no século atual (…) Dado o êxito verificado, nestes indicadores e ainda por exemplo nas taxas de desemprego e em outros valores das economias, pode dizer-se com justiça que o período que decorreu entre o final dos ano quarenta e 1973 foi ‘um período de ouro’: associando-se corretamente boa parte do êxito conseguido às possibilidades proporcionadas pelo comércio internacional (e pelos demais movimentos internacionais, v.g. dos fatores e dos serviços) (…)”.
