A era de Tony Blair foi marcada por um conjunto de intervenções militares em nome de princípios humanitários. A política externa britânica não era regida por parâmetros morais provavelmente desde Churchill, pelo que Blair provocou uma ruptura não só nas linhas tradicionais do seu partido quanto ao uso da força, como dotou de novos contornos perto de meio século de política externa britânica. O Kosovo, a Serra Leoa e o Iraque foram exemplos da aplicação destas tendências no seu consulado.A tarefa a que nos propomos é dupla: desmontar a doutrina Blair, apelidada de "intervencionista liberal"; perceber em que estado do debate actual é possível colocá-la, tendo em conta o quadro sobre o uso da força, o conceito de soberania, o princípio da não-ingerência, a capacidade multilateral do sistema internacional ou a redefinição das relações internacionais pós-11 de Setembro, com a emergência de novas potências e ameaças à segurança internacional.
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