Socorro, Portugal
Es reseña de:
Forms of Unfreedom in the Medieval Mediterranean
María Filomena Lopes de Barros (ed. lit.), Clara Almagro Vidal (ed. lit.)
Évora : Publicações do Cidehu, 2021
O fenómeno da escravatura tem sido abundantemente estudado para o período moderno, além disso, é bem conhecida a sua relevância na sociedade e economia da Antiguidade mediterrânica[1]. Entre estes dois períodos históricos, a Idade Média pouco tem sido associada a este fenómeno[2]. O livro editado por Filomena Lopes de Barros e Clara Almagro Vidal vem oferecer um importante contributo para o estudo dos vários fenómenos de dependência, que se estendem numa complexa semântica entre a escravatura e a servidão, abrangendo uma cronologia assumidamente medieval, não inocentemente associada à chegada e partida do Islão da Península Ibérica (séculos VIII-XVI). A geografia desta obra coletiva tem esta Península como foco central, mantendo um olhar atento sobre alguns espaços insulares mediterrânicos precisos, onde se destacam a Sardenha e o Chipre, contribuições que concedem ao livro uma dimensão mediterrânica. É um facto que outros espaços mediterrânicos poderiam constar neste livro, mas como em todas as obras coletivas, o somatório das diferentes especialidades dos autores teve grande impacto, e, além disso, seria sempre impossível abarcar todo o espaço geográfico mediterrânico. Por isso, escolhas foram feitas, afigurando-se o conteúdo da obra com uma estrutura clara e bem definida.
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