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Resumen de Todo lo que vive, depende. Resignificando la vulnerabilidad corporal humana y el trabajo de cuidados en tiempos pandémicos: Resignificando la vulnerabilidad corporal humana y el trabajo de cuidados en tiempos pandémicos

Silvia Lilian Ferro

  • español

    Se analiza en perspectiva histórico-ambiental la experiencia actual de la pandemia, como parte de un continuum en la historicidad de la vulnerabilidad humana y no humana inherente a la corporalidad. Se cuestiona sobre la posible finalización de una larga etapa posmoderna construida sobre binarios jerárquicos- como racionalidad y animalidad, masculinidad y femineidad, sociedad y naturaleza- propiciada por impactos culturales pospandemia. Por último, problematiza la contradicción que subyace a ser especie dominante planetariamente y simultáneamente la más vulnerable físicamente, por ello la más dependiente de cuidados provistos por otros. La metodología se basa en el diálogo epistemológico interdisciplinar entre Humanidades enfocadas en el cuerpo como objeto de conocimiento, con conceptos de la Historia Ambiental y Global, así como de Estudios Feministas. Se concluye que la tentativa de ocultamiento de la dimensión animal y la dependencia que genera su vulnerabilidad intrínseca, se traslada a la mirada pública sobre trabajos de cuidados familiares, atribuidos culturalmente a las mujeres. Las cuarentenas en gran parte del mundo, acentúan la contradicción entre seguir minusvalorando la importancia biológica y social del trabajo de cuidados familiares y sobrevalorando el cuidado sanitario provisto por instituciones de salud, apenas punta del iceberg del cuidado implicado para sostener la vida humana.

  • English

    The current experience of the pandemic is analyzed from a historical-environmental perspective, as part of a continuum in the historicity of human and non-human vulnerability inherent to corporality. The possible end of a long postmodern stage built on hierarchical binaries – such as rationality and animality, masculinity and femininity, society and nature – caused by post-pandemic cultural impacts, is questioned. Finally, it problematizes the contradiction that underlies being the dominant species on a planetary basis and simultaneously the most physically vulnerable, hence the most dependent on care provided by others. The methodology is based on the interdisciplinary epistemological dialogue between Humanities focused on the body as an object of knowledge, with concepts from Environmental and Global History, as well as Feminist Studies. It is concluded that the attempt to conceal the animal dimension and the dependency that its intrinsic vulnerability generates, moves to the public eye on family care work, culturally attributed to women. Quarantines in much of the world accentuate the contradiction between continuing to underestimate the biological and social importance of family care work and overvaluing the health care provided by health institutions, just the tip of the iceberg of the care involved in sustaining human life.

  • português

    A experiência atual da pandemia é analisada a partir de uma perspetiva histórico-ambiental, como parte de um continuum na historicidade da vulnerabilidade, humana e não humana, inerente à corporeidade. Questiona-se acerca da possível conclusão de um longo estágio pós-moderno construído por binários hierárquicos – como racionalidade e animalidade, masculinidade e feminilidade, sociedade e natureza – causado por impactos culturais pós-pandêmicos. Por fim, problematiza-se a contradição que está por trás de ser a espécie dominante numa base planetária e, simultaneamente, a mais vulnerável fisicamente e, portanto, a mais dependente do cuidado de terceiros. A metodologia baseia-se no diálogo epistemológico interdisciplinar entre as Humanidades com foco no corpo como objeto de conhecimento, com conceitos oriundos da História Ambiental e Global, bem como dos Estudos Feministas. Conclui-se que a tentativa de ocultar a dimensão animal e a dependência que a sua vulnerabilidade intrínseca gera, é transferida aos olhos do público para o trabalho de cuidado à família, culturalmente atribuído às mulheres. Quarentenas em grande parte do mundo acentuam a contradição entre continuar a subestimar a importância biológica e social do trabalho de cuidado familiar e sobrevalorizar os cuidados de saúde prestados por instituições de saúde, apenas a ponta do iceberg de cuidados envolvidos na manutenção da vida humana.


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