O estudo da imprensa local e regional em Portugal está ainda numa fase embrionária. Contudo, pelo que se conhece de alguns estudos, pode afirmar-se que as actuais características do sector são inversamente proporcionais à importância que este tipo de publicações pode e deve assumir nas comunidades locais e regionais. Percebe-se a consequência deste hiato: sem bons jornais, as comunidades locais e regionais ficam tendencialmente amputadas de boa “informação de proximidade”. Independentemente de outros factores que podem contribuir para o entendimento desta situação, este artigo irá centrar a sua atenção na dimensão política do problema. A nossa hipótese de trabalho é que a imprensa local e regional portuguesa tem sido vítima das más decisões, e sobretudo das não decisões, que sobre ela os vários Governos têm tomado. A discussão parece-nos especialmente relevante num momento em que o actual Governo (XVI Constitucional) se prepara para pôr em marcha o que garante ser uma verdadeira reforma para o sector.
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