María José Brites, Cristina Ponte
Neste artigo argumentamos pela necessidade de atenção a dinâmicas de recusa e de rejeição de utilização dos média para melhor se compreender a sociedade de consumo profundamente mediatizada. Seguimos um suporte teórico sobre resistência aos média, contextos familiares de socialização e sociedade mediatizada. Analisamos 18 entrevistas realizadas em Portugal – conduzidas no âmbito de uma investigação mais vasta com 40 jovens e seus familiares, sobre a sua relação com os média na perspetiva de direitos de cidadania –, que evidenciaram sinais de não uso dos média. O presente artigo caracteriza estas pessoas, os seus contextos e motivos. Identificando recusas da internet, das redes sociais, das notícias e da televisão, chegamos a cinco tipos: “Não gosto e não quero usar”; “Nesta fase da vida, não!”; “Entre o não posso ter e o não posso comprar”; “Não dar nas ‘vistas’ e não ficar ‘agarrado’” e “Fazer diferente e fazer melhor”.
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