Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Uma quinta que fosse só sua: sobre a cidade e as serras

  • Autores: André Corrêa de Sá
  • Localización: Diacrítica, ISSN 0870-8967, ISSN-e 2183-9174, Vol. 33, Nº. 3, 2019 (Ejemplar dedicado a: (Re)leituras e campo literário), págs. 20-41
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • A farm of one's own: about the city and the mountains
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      The City and the Mountains, a novel published posthumously by Eça de Queirós, is one of Eça’s books that has generated more controversy among specialized scholars, who do not manage to agree on what its ideas and arguments mean, nor on the reasons why we should reread the history of Jacinto. Defended by some critics, who in the history of the millionaire who finds the meaning of life in Portuguese countryside recognize the highest point of the ironic imagination of Eça and the hopes of a humanist writer engaged in fighting economic and social injustice; and disqualified by others, who see this novel as a corroboration of a writer who betrays the critical stance of his realist novels in defence of a reactionary and traditionalist Portugal. Despite the profound differences between the various critical judgments, we have been told that The City and the Mountains is in tune with the relationship that Eça maintained with Portugal and the Modern World. Changing the terms of the discussion, in this essay I try to show what happens if we resist the temptation to explain an abstraction such as ‘Tormes’ in terms of an image of Portugal and the Portuguese. I will conclude by arguing that if we are to find in Jacinto's lesson a set of useful suggestions on how to live a life that is worth living, we should see his experience in Tormes as contingent, private and temporary, and not as a permanent and universal solution to the boredom of the Modern Age.

    • português

      A Cidade e as Serras, romance póstumo de Eça de Queirós, é um dos livros que mais controvérsia tem gerado na crítica especializada, que não consegue decidir-se sobre o tipo de ideias e de argumentos que nele se defendem, nem sobre as razões pelas quais se justifica voltarmos a examinar a história de Jacinto. Qualificado por uns, que na história do milionário que troca a Civilização pela Natureza, assim encontrando o sentido para a vida que em Paris lhe faltava, reconhecem o ponto mais alto da imaginação irónica de Eça e a esperança de um humanista que se empenhou em combater a injustiça económica e social, e desqualificado por outros, que o veem como a prova da decadência de Eça, que, abandonando os desígnios de transformação da sociedade que marcaram a sua carreira de escritor realista, traía a sua personalidade literária e nos oferecia, na última fase da obra, a apologia de um Portugal reacionário e tradicionalista. Apesar das diferenças entre os vários juízos críticos, todos nos dizem que A Cidade e as Serras corresponde ao espelho da relação que Eça mantinha com Portugal e, em sentido lato, com o Mundo Moderno. Mudando os termos da discussão, neste ensaio procuro mostrar o que acontece se resistirmos à tentação de explicar uma abstração como ‘Tormes’ nos termos de uma imagem de Portugal e dos portugueses. Concluirei argumentando que, se quisermos encontrar na lição exemplar de Jacinto um conjunto de sugestões ainda úteis acerca de como viver uma vida boa e gratificante, devemos ver a sua opção por Tormes como contingencial, privada e temporária, não como uma solução permanente e comunitária para o tédio moderno.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno