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Resumen de Com pequenos apontamentos se fazem contos para a infância: Maria Cecília Correia e a sua escrita esquecida

Sara Reis da Silva

  • English

    This essay, with a hermeneutic root and monographic contours, focuses on the literary personality Maria Cecília Correia (1919–1993). She is one of the writers –alongside with Lília da Fonseca, Maria Lamas or Maria Lúcia Namorado, for example –who, despite her experiential / literary discretion, should be understood as one of the ‘nodal/figurative points’of the History of Portuguese children’s literature, particularly during the period of the Estado Novo (1926–1974), and whose writing, until the date, has not yet received the deserved critical reception (namely, in the academic field). In an attempt to single out the literary production of this writer and not forgetting to point out some relevant aspects of her biobibliographical path, namely to clarify the personal context of her writing composition and the repercussions that it had in her literary creation, we proceeded to a textual analysis of her eight books for children, focusing on their main ideothematic (childhood, humanism, diversity, nature, among others) and most relevant rhetorical-stylistic mechanisms (adjectives, metaphor, among others). Generally speaking, these texts reflect the deep connection to everyday life, in particular children’s daily life, looked at and genuinely recreated in a lively, natural and spontaneous discourse, through which it approaches the potential reader important themes such as difference, for example. These and other aspects, which we tried to deepen in this study, allow us to clarify and recognize the irrefutable presence and meaning of Maria Cecília Correia in the History of Portuguese Children’s Literature.

  • português

    Este ensaio, de raiz hermenêutica e de contornos monográficos, incide sobre a figura literária de Maria Cecília Correia (1919–1993). Trata-se, com efeito, de uma das autoras –a par, por exemplo, de Lília da Fonseca, Maria Lamas ou Maria Lúcia Namorado –que, apesar da sua discrição vivencial/literária, deve ser entendida como um dos ‘pontos nodais’ figurativos da História da literatura portuguesa para a infância, em particular no período do Estado Novo (1926–1974), e cuja escrita, até à data, não teve, ainda, a merecida receção crítica (designadamente, no âmbito académico). Na tentativa de singularizar a produção literária da autora em questão e não deixando de registar alguns aspetos do seu percurso biobibliográfico, dados relevantes para o esclarecimento do contexto pessoal de composição da sua escrita e das repercussões que nesta aquele teve, procedemos a uma análise textual das suas oito obras que têm a criança como preferencial destinatário, centrando-nos nas suas principais linhas ideotemáticas (por exemplo, infância, humanismo, diversidade e natureza) e nos seus mais relevantes mecanismos retórico-estilísticos (como a adjetivação, a metáfora, entre outros). Genericamente, os textos em questão substantivam a profunda ligação ao quotidiano, em particular infantil, olhado genuinamente e recriado num discurso vivo, natural e espontâneo, através do qual aproxima do potencial leitor temáticas como o elogio da diferença, por exemplo. Estes e outros aspetos, que procuramos descodificar e aprofundar neste estudo, permitem dilucidar e reconhecer a irrecusável presença e o significado de Maria Cecília Correia na História da Literatura Portuguesa para a Infância.


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