Ayuda
Ir al contenido

Ilse Losa e Maria da Graça Amado da Cunha: ligadas pelo comboio que leva as cartas e os boatos

    1. [1] Universidade de Lisboa

      Universidade de Lisboa

      Socorro, Portugal

  • Localización: Diacrítica, ISSN 0870-8967, ISSN-e 2183-9174, Vol. 36, Nº. 3, 2022 (Ejemplar dedicado a: Correspondence), págs. 53-64
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • Ilse Losa and Maria da Graça Amado da Cunha: Connected by the train that carries letters and rumors
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Ilse Losa (1913–2006), a writer who came to Oporto to escape the Nazi regime, and Maria da Graça Amado da Cunha (1919–2001), a pianist and fundamental figure in Lisbon's cultural milieu, created a friendship based, to a large extent, in epistolary communication. Filling the silence between their meetings with letters, for forty years, these two women remained bonded by the train connecting these two cities and carrying their “letters and rumors” (Cunha, 1953). The writer and the pianist built their friendship over political and intellectual affinities, aware of the marginal position they occupied in the artistic and literary world. The letters and mutual expressions of support helped to legitimize and validate each other’s artistic ambitions and talents. Maria da Graça established ties between Losa and the Lisbon writers who were part of her inner circle. She also employed her literary skills in the critical reading of Losa’s books, in order to help the German-born writer improve her writing and her use of the Portuguese language. Ilse, in turn, knowing the difficulties faced by her friend trying to establish a career as a pianist, hoped to counter the (perhaps) inevitable closing of the piano by Maria da Graça.

    • português

      Ilse Losa (1913–2006), escritora que veio para o Porto para escapar ao regime nazi, e Maria da Graça Amado da Cunha (1919–2001), pianista e figura fundamental no meio cultural lisboeta, criaram uma amizade assente, em grande medida, na comunicação epistolar. Preenchendo com cartas o silêncio que intercalava os seus encontros, estas duas mulheres mantiveram-se unidas, ao longo de quarenta anos, graças ao comboio que ligava as duas cidades e levava as suas “cartas e boatos” (Cunha, 1953). A escritora e a pianista fundaram a amizade em afinidades políticas e intelectuais, conscientes da posição marginal que ocupavam no meio artístico e literário. As cartas e manifestações mútuas de apoio ajudaram a legitimar e validar as ambições e talentos artísticos de cada uma. Maria da Graça estabeleceu laços entre Losa e os escritores lisboetas que faziam parte do seu círculo próximo e empregou as suas capacidades literárias na leitura crítica dos livros de Ilse, com o objetivo de a ajudar a aperfeiçoar o uso da língua portuguesa e a escrita. Ilse, por sua vez, conhecendo as dificuldades que a amiga enfrentava na procura de estabelecer uma carreira como pianista, desejou contrariar o (talvez) inevitável fecho do piano por Maria da Graça.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus

Opciones de compartir

Opciones de entorno