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Resumen de El rol de las imágenes en la investigación de la memoria espacial cinematográfica

Pablo Andrés Tesoriere, Laura Gómez Gauna, Sonia Beatriz Sasiain

  • español

    Este trabajo aborda el tema de la imagen y de la memoria a través de la experiencia de ir al cine en Buenos Aires durante el período clásico (1930- 1960). Se indaga en la vinculación de los espectadores con las salas y la posibilidad de reconstruir un imaginario urbano relacionado con las rutinas de los recorridos cinematográficos. Para ello ha resultado fundamental reunir distintos materiales que permitan analizar este fenómeno a través de imágenes históricas y actuales. Para explorar la memoria se realizaron entrevistas a espectadores de cine de Buenos Aires a partir de los años 1940.

    Una de nuestras hipótesis es que en las memorias cinematográficas colectivas de Buenos Aires hay huellas de diversas tensiones. A la vez, otra hipótesis de trabajo es que durante el período en que el cine fue el medio masivo de comunicación más importante permitió crear comunidad e identidad a los distintos sectores de la población de Buenos Aires. Por eso se considera que estudiar al público cinematográfico permitirá enriquecer la cartografía del imaginario cultural urbano de la época. A la vez, elaborar un inventario de las salas existentes permite generar un acercamiento a ese patrimonio y a las prácticas de los distintos públicos en esos espacios.

    Hoy, las imágenes de las salas que se conservan –con el programa original u otro–, en tanto huellas anacrónicas de aquellos consumos culturales, pueden generar la memoria de otros modos de habitar, muy distintos de los actuales. Regresar a determinadas imágenes, vistas o evocadas, puede sugerir también la idea de que aquellas se enquistan en nosotros como recuerdos muy personales. Estas imágenes se convierten entonces en historia de nuestros deseos y emociones, y es en este sentido que la memoria estrictamente personal se conjunta con la memoria cultural colectiva (Torres San Martín, 2006; Jelin, 2002; Halbwachs, 2004).

  • English

    This paper addresses the issue of image and memory through the experience of going to the movies in Buenos Aires during the classical period (1930-1960). It explores the link between the spectators and the movie theaters and the possibility of reconstructing an urban imaginary related to the routines of the cinematographic tours. For this purpose, it has been essential to gather different materials that allow us to analyze this phenomenon through historical and current images. In order to explore memory, interviews were conducted with moviegoers in Buenos Aires from the 1940s onwards.

    One of our hypotheses is that in the collective cinematic memories of Buenos Aires there are traces of diverse tensions. At the same time, another working hypothesis is that during the period in which cinema was the most important mass medium of communication, it allowed different sectors of the population of Buenos Aires to create community and identity. For this reason, it is considered that studying the cinema audience will allow us to enrich the cartography of the urban cultural imaginary of the time. At the same time, drawing up an inventory of the existing theaters allows us to generate an approach to this heritage and to the practices of the different audiences in these spaces.

    Today, the images of the rooms that remain -with the original program or otherwise-, as anachronistic traces of those cultural consumptions, can generate the memory of other ways of inhabiting, very different from the current ones. Returning to certain images, seen or evoked, can also suggest the idea that those images become engrained in us as very personal memories. These images then become the history of our desires and emotions, and it is in this sense that strictly personal memory is combined with collective cultural memory (Torres San Martín, 2006; Jelin, 2002; Halbwachs, 2004).

  • português

    Este artigo aborda a questão da imagem e da memória por meio da experiência de ir ao cinema em Buenos Aires durante o período clássico (1930-1960). Ele explora o vínculo entre os espectadores e os cinemas e a possibilidade de reconstruir um imaginário urbano relacionado às rotinas das rotas cinematográficas. Para isso, foi essencial reunir diferentes materiais que nos permitissem analisar esse fenômeno por meio de imagens históricas e atuais. Para explorar a memória, foram realizadas entrevistas com frequentadores de cinema em Buenos Aires a partir da década de 1940.

    Uma de nossas hipóteses é que nas memórias cinematográficas coletivas de Buenos Aires há traços de várias tensões. Ao mesmo tempo, outra hipótese de trabalho é que, durante o período em que o cinema foi o meio de comunicação de massa mais importante, ele permitiu que diferentes setores da população de Buenos Aires criassem comunidade e identidade. Por esse motivo, considera se que estudar o público de cinema nos permitirá enriquecer a cartografia do imaginário cultural urbano do período. Ao mesmo tempo, a elaboração de um inventário das salas de cinema existentes nos permite abordar esse patrimônio e as práticas dos diferentes públicos nesses espaços.

    Hoje, como vestígios anacrônicos desse consumo cultural, as imagens das salas que permanecem - com a programação original ou não - podem gerar a memória de outras formas de habitar, muito diferentes das atuais. Retornar a determinadas imagens, vistas ou evocadas, também pode sugerir a ideia de que elas ficam gravadas em nós como memórias muito pessoais. Essas imagens se tornam, então, a história de nossos desejos e emoções, e é nesse sentido que a memória estritamente pessoal é combinada com a memória cultural coletiva (Torres San Martín, 2006; Jelin, 2002; Halbwachs, 2004).


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