This paper examines the moral status of hypocrisy in the moral and political philosophy of David Hume. Its aim will be to try to determine whether, according to Hume, hypocrisy has any positive moral value, or whether, not having any, Hume should therefore be placed in the same category of political realists such as Machiavelli, with his sharp distinction between moral and political values. If the latter is the case, then hypocrisy can be described as an absolute moral vice. But if the former is the case, that is, if hypocrisy has any moral value, then Hume does not support the sharp separation between what is right from a political and from a moral point of view, which means that there may even be, then, some relation between hypocrisy and moral obligation. In other words, hypocrisy may very well be virtuous.
Examina-se aqui a filosofia moral e política de David Hume para determinar se a hipocrisia tem algum valor moral ou se, pelo contrário, não tem qualquer valor moral. Se este último for o caso, então é plausível colocar Hume na mesma categoria de realistas políticos a que pertencem Maquiavel, Hobbes ou Mandeville. Dada a distinção clara entre valores morais e valores políticos, a hipocrisia seria um vício moral absoluto, fosse qual fosse o seu valor político. Mas se, pelo contrário, se puder mostrar que a hipocrisia tem algum valor moral, então, não fazendo Hume a separação estrita que o realismo político exige entre o moral e o político, poderá existir uma relação entre hipocrisia e obrigação moral e, consequentemente, a hipocrisia será um vício apenas relativo ou, dito de outro modo, poderá ser virtuosa.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados