Resumen de Notas em negrito: contribuições das epistemes afroperspectivistas contra os ruídos coloniais na produção de saberes no campo dos Estudos Críticos do Discurso.
- English
In this article, we present some reflections on black Afroperspectivist epistemes and the relevance of aligning them to critical discursive studies in order to decolonize this field of knowledge. Initially, to understand what Afroperspectivist epistemes are, we discuss black embodied knowledge in order to understand its potential for decolonizing studies and how in the logic of modern science such knowledge has been made invisible. Later, we bring some guiding points of Noguera's afroperspective (2015,2019), seeking its interface with critical discursive studies. Furthermore, we briefly describe examples of discursive practices of resistance and re-existence as productions of knowledge by black people to illustrate the discursive materialization of embodied knowledge. To conclude, we point out that acting in the face of the cognitive injustice caused by coloniality is an extremely relevant path towards a decolonial practice as it “goes beyond the processes that define knowledge relations, but which also rethink and give new meaning to the power structures that reduce, marginalize and make other practices and ways of feeling, seeing and interpreting the world invisible” (Macedo, 2022).
- português
Neste artigo, apresentamos algumas reflexões acerca das epistemes negras afroperspectivistas e a relevância de aproximá-las aos estudos críticos discursivos a fim de descolonizar este campo de estudo. Inicialmente, para entendermos o que são epistemes afroperspectivistas, discutiremos sobre os saberes corporificados negros a modo de compreender suas potencialidades para descolonização do conhecimento e como na lógica da ciência moderna tais saberes foram invisibilizados. Posteriormente, discutiremos sobre alguns pontos norteadores da afroperspectiva de Noguera (2015,2019), buscando sua interface com os estudos críticos discursivos. Ainda, descrevemos brevemente exemplos de práticas discursivas de resistência e reexistência como produções de conhecimento por pessoas negras com o intuito de ilustrar a materialização discursiva do conhecimento corporificado. Para finalizar, sinalizamos que agir perante a injustiça cognitiva provocada pela colonialidade é um caminho de suma relevância rumo a uma pratica decolonial pois “vai além dos processos que definem as relações de saber, mas que também repensam e ressignificam as estruturas de poder que reduzem, marginalizam e invisibilizam outras práticas e formas de sentir, ver e interpretar o mundo” (Macedo, 2022).
