Muxía (A Coruña), en el extremo occidental de Galicia, ha sido refugio costero desde tiempos inmemoriales para el comercio marítimo tanto autóctono como foráneo. A su actividad se suman dos fenómenos fuera de la ley: uno, que por circunstancias jurisdiccionales este puerto actuó sin autorización regia y otro, que el tráfico de mercancías atrajo a piratas de norte y sur del Atlántico e incluso del Mediterráneo. En el caso que nos ocupa aquí dos navíos con tripulación inglesa asolaban las villas del litoral circundante. En 1572 arremeten contra unos comerciantes procedentes de Pontevedra cuyos barcos están resguardados en el abra de Muxía. Pero el ataque tendrá su debida respuesta tanto con el uso inmediato de la fuerza como con la subsiguiente causa judicial puesta en marcha en los primeros meses del año siguiente.
Muxía (in the current province of A Coruña), in the far west of Galicia, has been a coastal refuge for both local and foreign maritime trade since time immemorial. In addition to its activity, there were two other unlawful phenomena: one, that due to jurisdictional circumstances this port acted without royal authorisation1 and the other, that the traffic of goods attracted pirates from the north and south Atlantic and even from the Mediterranean. In the case that concerns us here, two ships with English crews ravaged the villages of the surrounding littoral. In 1572, they attacked some merchants from Pontevedra whose ships were sheltered in the Muxía pass. However, the attack was duly responded to both with the immediate use of force and the subsequent court case launched in the first months of the following year.
Muxía -Mogia- (na atual província da Corunha), no extremo ocidental da Galiza, foi desde tempos imemoriais um refúgio costeiro para o comércio marítimo local e estrangeiro. À sua atividade juntavam-se dois outros fenómenos ilícitos: por um lado, o facto de, devido a circunstâncias jurisdicionais, este porto atuar sem autorização régia e, por outro, o facto de o tráfego de mercadorias atrair piratas do Atlântico Norte e Sul e até do Mediterrâneo. No caso que estamos a tratar, dois navios com tripulações inglesas assolaram as povoações do litoral circundante. Em 1572, atacaram alguns mercadores ponte-vedreses, cujos na vios estavam abrigados no passo mogião. No entanto, o ataque foi devidamente respondido, tanto com o uso imediato da força como com o posterior processo judicial iniciado nos primeiros meses do ano seguinte.
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