Resumen de Book review of A invenção do assimilado. Paradoxos do colonialismo em Moçambique
- português
Passado quase meio século desde que os territórios que foram colónias portuguesas se assumiram como países livres, a temática do colonialismo e os seus paradoxos ainda vai pontuando a sua dinâmica. O que também acontece, há que sublinhá-lo, por parte dos países ex-colonizadores, como é o caso de Portugal. E nem poderia ser de outra forma, como explica Roberto Vecchi (2018), quando afirma que o passado colonial pode revelar-se problemático, não podendo ser considerado como um assunto ultrapassado. É que a força das ideologias e das suas reutilizações poderá alterar profundamente, ou até inverter, os modos da sua evocação. No caso de Moçambique, cuja independência foi fixada em 25 de junho de 1975, “o paradoxo colonial continua interpelando-nos sob as mais variadas roupagens e gramáticas” (p. 14), como assinala Lorenzo Macagno logo no início do livro A invenção do assimilado. Paradoxos do colonialismo em Moçambique, que pretende responder à pergunta: “em que campo de batalhas reais ou imaginárias, reside a sua teimosia actualidade e resiliência?” (p. 14)...
- English
The theme of colonialism and its associated paradoxes still influence the dynamics of several former Portuguese colonies, almost 50 years since their independence. The same phenomenon can also be found in the former colonial powers. This is inevitable, suggests Roberto Vecchi (2018), affirming that the colonial past can always be problematic and should never be considered to have lost its contemporary relevance. The power of the associated ideologies and their reuse can profoundly change, or even invert, the ways in which they are evoked. In the case of Mozambique, which declared independence on June 25, 1975, Lorenzo Macagno states that “the colonial paradox continues to challenge us, under the most varied guises and grammars”, in the beginning of his book A invenção do assimilado. Paradoxos do Colonialismo em Moçambique (The invention of assimilated. Paradoxes of Colonialism in Mozambique). He tries to answer the question: “in what real or imagined battleground, does its persistent contemporary relevance and resilience reside?” (p. 14)...
