Socorro, Portugal
Siah Armajani (1939-) is an Iranian born sculptor who quite young emigrated to USA, where he began an artistic career in Minneapolis, Minnesota. Beyond being the author of a vast and acknowledged sculptural work, Siah Armajani is also an essayist, having authored “Manifesto public sculpture in the context of american democracy” (Armajani, 1995), which was written for the exhibition “Reading Spaces” he presented, in 1995, at Museu d’Art Contemporani de Barcelona (MACBA). The value of Armajani’s work comes from its engagement to an unequivocal social-utopic-artistic ideario that problematizes the prevalence of the authorship’s statute regime, while rejecting the self-referential character of the artistic work, being both aspects quite unusual in the field of contemporary art production. Aesthetically contemporary, Armajani’s work succeeds to solve one of the bitter dilemmas of modern and contemporary art, as Arnold Schoenberg brightly put into words: “if it is art, it is not for all, and if it is for all, it is not art” (Schoenberg, 1950, p. 124). Curiously, Armajani’s public sculpture ideario is not absolutely unique. In several points, it matches the one of the movement in favour of public art, which by the end of the 19th century had been formed in Belgic, giving birth to the organization of four public art international congresses, two of them having documented Portuguese participation, as we will see in the first section of this paper.
Siah Armajani (1939-) é um escultor de origem iraniana que ainda muito jovem emigrou para os EUA, onde empreendeu uma carreira artística, sediada em Minneapolis, no Minnesota.
Para além de autor de uma vasta e reconhecida obra escultórica, Armajani é também um ensaísta, sendo autor do texto “Manifesto public sculpture in the context of american democracy” (Armajani, 1995), que acompanhou a exposição “Espaços de Leitura” que apresentou, em 1995, no Museu d’Art Contemporani de Barcelona (MACBA). O interesse da obra de Armajani decorre da mesma resultar de um inequívoco engagement a um ideário sócio-utópico-artístico que problematiza o estatuto do regime autoral, e que rejeita a autorreferencialidade da obra, circunstância rara no contexto da produção artística contemporânea. Esteticamente contemporânea, a obra de Armajani logra resolver um dos dilemas mais amargos da arte moderna e contemporânea, formulado por Arnold Schoenberg: “se é arte, não é para todos, e se é para todos não é arte” (Schoenberg, 1950, p. 124). Curiosamente, o ideário veiculado por Armajani não é em absoluto inédito. Em múltiplos aspetos o mesmo coincide com o do movimento em prol da arte pública que se formou na Bélgica, nos finais do século XIX, e que deu origem à organização de quatro congressos internacionais de arte pública, dois deles com participação portuguesa documentada, aspeto por onde se inicia o presente estudo.
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