Brasil
The advent of streaming platforms established new demands and paradigms, generating a necessary reconfiguration of the creation and production processes of television content and formats. A recurring category of traditional television, the transnational remake starts to manifest itself with other contours, submitted to a new order of practices and meanings. What is gained and lost in translation from the local to the global exhibition? From the proposal of a systematisation of the strategies employed by the streaming industry in the production and exhibition of transnational remakes, this article organises a path supported by the analysis of some transnational franchises of serialised fiction from the broadcasting era (The Office and Bron/Broen [The Bridge]) and the streaming era (Dix Pour Cent [Ten Percent] and La Casa de Papel [Money Heist]) , recognising the leading role of Netflix in the industry. Structured chronologically in "movements", such systematisation draws on the analogy created by Erwin Panofsky (1978) between film and the medieval cathedral and moves alongside the historical timeline of Netflix's business models, as convened by Laura Osur (2016). Hopefully, the conclusions obtained offer relevant inputs for the debate on transnational remakes in television, highlighting their contribution to the processes of cultural affirmation and the identity construction of the realities they represent.
O advento das plataformas de streaming instaurou novas demandas e paradigmas, gerando uma necessária reconfiguração dos processos de criação e produção dos conteúdos e formatos televisivos. Categoria recorrente da televisão tradicional, o remake transnacional passa a se manifestar com outros contornos, submetido a uma nova ordem de práticas e significados. Da exibição local à global, o que se ganha e o que se perde na tradução? A partir da proposta de uma sistematização das estratégias empregadas pela indústria do streaming na realização e exibição de remakes transnacionais, o presente artigo organiza um percurso apoiado na análise de algumas franquias transnacionais de ficção seriada da era do broadcasting (The Office [O Escritório] e Bron/Broen [A Ponte]) e do streaming (Dix Pour Cent [Dez por Cento] e La Casa de Papel [A Casa de Papel]), reconhecendo o papel de liderança da Netflix no setor. Estruturada cronologicamente em "movimentos", tal sistematização se inspira na analogia criada por Erwin Panofsky (1978) entre o filme e a catedral medieval e caminha em paralelo à timeline histórica dos modelos de negócios da Netflix, conforme convencionada por Laura Osur (2016). Espera-se que as conclusões obtidas ofereçam subsídios pertinentes para o debate sobre remakes transnacionais na televisão, destacando sua contribuição para os processos de afirmação cultural e construção identitária das realidades que representam.
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