A obra de Shakespeare (1564-1616), desde a era elisabetana até a contemporaneidade, é responsável por influenciar diversos textos em todo Ocidente e Oriente. Hamlet (1609), em particular, é um de seus trabalhos mais adaptados e, na literatura russa oitocentista, teve importância fundamental para a criação de dois arquétipos da tradição literária nacional: o “homem supérfluo” e o “homem do subsolo”. Este ensaio tenciona mapear as origens do “Hamletismo Russo”, bem como observar seu reflexo nos livros Diário de um homem supérfluo (1850), de Ivan Turguêniev (1818-1883), e Diário do subsolo (1864), de Fiódor Dostoiévski (1821-1881), além de delinear a relação estilística e conteudista entre ambos os livros.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados