«Fundorum sunt domini» (C.11,62,12,1): da chancelaria imperial vulgarista à teoria da divisão domínio directo-domínio útil: um exemplo histórico do desenvolvimento do direito por analogia

• DAVID MAGALHÃES FRHISTS ^[1]
  1. [1] Universidade de Coimbra

     Universidade de Coimbra

     Coimbra (Sé Nova), Portugal

     
• Localización: Revista General de Derecho Romano, ISSN-e 1697-3046, Nº. 41, 2023
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • «fundorum sunt domini» (c.11,62,12,1): From the vulgar imperial chancellery to the theory of the dominium directum-dominium utile split: A historical example of the development of law by way of analogy
  • «Fundorum sunt domini» (c.11,62,12,1): De la cancillería imperial vulgarista a la teoría de la división dominio directo-domino útil: Un ejemplo histórico del desarrollo del derecho por analogía
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• Resumen
  • español

    Los arrendamientos perpetuos ya existían en el derecho clásico, incidentes sobre los agri vectigales de los municipios, pero adquirieron gran importancia en el Bajo Imperio, en forma de ius perpetuum y ius emphyteuticum. En un ejemplo de vulgarización del derecho romano, en el sentido definido por Ernst Levy, algunas constituciones imperiales posclásicas calificaron a los concesionarios enfitéuticos como domini, sobresaliendo entre ellas C.11,62,12, de 434. Aunque la legislación de Zenón y Justiniano superó la falta de rigor de esta calificación, los glosadores la aprovecharon en el contexto del feudalismo medieval para construir el duplex dominium, con la división de la propiedad en dominium directum y dominium utile. El último pertenecía a los concesionarios, que podían ejercer la rei vindicatio utilis. En toda esta evolución emerge claramente la realización constitutiva del derecho por analogía

  • português

    Se no direito clássico já eram conhecidas locações perpétuas, incidentes sobre os agri vectigales dos municípios, elas assumiram grande importância no Baixo-Império, sob a forma de ius perpetuum e ius emphyteuticum. Num exemplo da vulgarização do direito romano no sentido definido por Ernst Levy, algumas constituições imperiais pós-clássicas qualificaram como domini os concessionários enfitêuticos, destacando-se C.11,62,12, de 434. Apesar de legislação de Zenão e Justiniano ter superado a falta de rigor de tal qualificação, os Glosadores vão aproveitá-la no contexto do feudalismo medieval para contruírem o duplex dominium, com a divisão da propriedade em dominium directum e dominium utile. O último cabia aos concessionários, que podiam exercer a rei vindicatio utilis. Em toda esta evolução surge clara a realização constitutiva do direito por analogia.

  • English

    Perpetual leases of municipal agri vectigales already existed in classical Roman Law, but perpetual land grants were of great importance in the late Empire, under the forms of ius perpetuum and ius emphyteuticum. In one example of the Roman vulgar law, as defined by Ernst Levy, some post-classical imperial constitutions qualified emphyteutic holders as domini, particularly C.11,62,12 (434). Although Zeno and Justinian’s legislation had overcome such inaccuracy, in the context of medieval feudalism the Glossators used that qualification to build the so-called duplex dominium, splitting ownership into dominium directum and dominium utile. The latter was granted to land holders, who could exercise the rei vindicatio utilis. Reasoning by analogy was ever-present over these developments.