Antonio Rediver Guizzo, Maíra Soalheiro Grade, Florencia Paez
En este artículo, analizamos cómo O Deus das avencas (2021), de Daniel Galera, participa de un grupo de narrativas que convencionamos llamar literaturas del fin del mundo – caracterizadas por la composición de enredos distópicos o post apocalípticos que figuran la asunción de regímenes totalitarios al poder, la reducción de grupos económicamente desfavorecidos a la “vida desnuda”, el ahondamiento de la explotación de los recursos naturales y de las desigualdades sociales, la precarización del trabajo, la transformación de las tecnologías de comunicación en tecnologías de vigilancia, control y represión, y otros temores surgidos de las crisis democráticas y resurgimiento del capitalismo liberal. La obra O Deus das avencas (2021) está compuesta por tres cuentos que, aunque dispares, parecen constituir una gradación de las relaciones sociales y políticas del país hacia la ruptura de las formas de sociabilidad. El primer cuento, “O Deus das avencas”, presenta la agonía de una pareja que espera el nacimiento de su hijo ante la incertidumbre del rumbo político del país; la segunda, “Tokio”, narra una sociedad distópica en la que la severa devastación ambiental y la drástica reducción de las interacciones humanas se suman a la creencia en la posibilidad de trasladar la conciencia a dispositivos tecnológicos; la tercera, “Bugonia”, presenta un futuro postapocalíptico en el que la humanidad, en ausencia de tecnologías y bajo la amenaza de una patología contagiosa y letal, vuelve a formas tribales de sociabilidad y, para sobrevivir, establece una relación de mutualismo con abejas. En el análisis propuesto, dialogamos con investigadores que observan el crecimiento de la producción distópica en diferentes países y contextos sociopolíticos, como María Laura Pérez Gras (2017), Eirik Vassenden (2022), Tom Moylan (2018), Jill Lepore ( 2017), Gregory Claeys (2017), entre otros.
Neste artigo, analisamos como a obra O Deus das avencas (2021), de Daniel Galera, participa de um grupo de narrativas que convencionamos chamar literaturas do fim do mundo – caracterizadas pela composição de enredos distópicos ou pós-apocalípticos que figuram a assunção de regimes totalitários ao poder, a redução de grupos economicamente desfavorecidos à “vida nua”, o aprofundamento da exploração dos recursos naturais e das desigualdades sociais, a precarização do trabalho, a transformação das tecnologias de comunicação em tecnologias de vigilância, controle e repressão, e outros temores surgidos das crises democráticas e fortalecimento do capitalismo liberal. A obra O Deus das avencas (2021) é composta por três novelas que, embora díspares, parecem constituir uma gradação das relações sociais e políticas do país rumo ao esfacelamento das formas de socialidade. A primeira novela, “O Deus das avencas”, apresenta a agonia de um casal que espera o nascimento do filho frente à incerteza dos rumos políticos do país; a segunda, “Tóquio”, narra uma sociedade distópica em que a grave devastação ambiental e a redução drástica das interações humanas soma-se à crença na possibilidade de transferência da consciência a aparatos tecnológicos; a terceira, “Bugônia”, apresenta um futuro pós-apocalíptico em que a humanidade, na ausência de tecnologias e sob a ameaça de uma patologia contagiosa e letal, retorna a formas tribais de socialidade e, para sobreviver, estabelece uma relação de mutualismo com abelhas. Na análise proposta, dialogamos com pesquisadores que observam o crescimento da produção distópica em diferentes países e contextos sócio-políticos, tais como María Laura Pérez Gras (2017), Eirik Vassenden (2022), Tom Moylan (2018), Jill Lepore (2017), Gregory Claeys (2017), entre outros.
This article offers an analysis of how O Deus das avencas (2021), by Daniel Galera, participates in a group of narratives that we have conventionally called end-of-the-world literatures – dystopian or post-apocalyptic storylines that feature the rise of totalitarian regimes to the power, the reduction of economically underprivileged groups to “bare life”, the exploitation of natural resources and social inequalities deepening, precarious employment, the transformation of communication technologies into technologies of surveillance, control and repression, and other fears arising from the democratic crises and the strengthening of liberal capitalism. O Deus das avencas (2021) is composed of three short stories that, although disparate, seem to constitute the gradation of social and political relations in the country towards the breakdown of forms of sociality. The first short story, “O Deus das avencas”, presents the agony of a couple who waits for the birth of their child facing the country's political course uncertainty; the second, “Tokyo”, narrates a dystopian society in which the severe environmental devastation and the drastic reduction of human interactions gathers with the belief in the possibility of transferring consciousness to technological devices; the third, “Bugonia”, presents a post-apocalyptic future in which humanity, in the absence of technologies and under the threat of a contagious and lethal pathology, returns to tribal forms of sociality and, in order to survive, establishes a mutualism relationship with bees. In the proposed analysis, we dialogue with researchers that observe the growth of dystopian production in different countries and socio-political contexts, such as María Laura Pérez Gras (2017), Eirik Vassenden (2022), Tom Moylan (2018), Jill Lepore (2017), Gregory Claeys (2017), among others.
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