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Uma arte literária: O banquete de Mário de Andrade

    1. [1] Universidade de São Paulo

      Universidade de São Paulo

      Brasil

  • Localización: e-Letras Com Vida: Revista de Estudos Globais: Humanidades, Ciências e Artes, ISSN-e 2184-4097, Nº. 5, 2020 (Ejemplar dedicado a: História, Literatura e Cozinha), págs. 81-94
  • Idioma: portugués
  • Títulos paralelos:
    • A literary art: The banquet of Mário de Andrade
  • Enlaces
  • Resumen
    • English

      Mário de Andrade’s last work, O Banquete left incomplete by his death, included original literary uses of foods. Describing an elegant lunch, the author treated several problems faced by the creation of Brazilian erudite music in the decade of 1940. The tasting of each new delicacy offered to the guests of that peculiar banquet served to discuss problems related to the production and public reception of Brazilian musical activities. The choice of the menu wasn’t innocent at all. Contrasting savoury and less showy national dishes with seductive plates of a north-American world imposed by the intrusion of foreigners, Mário de Andrade demanded a better place for the national folklore, which should, according to him, constitute a source of inspiration for Brazilian composers of erudite music. Four of the five persons present at the banquet dealt with music: the hostess, very fond of the arts, a famous female singer, a politician responsible for funding artistic activities and a talented composer, non-conformist and poor. Accepting with greater or lesser enthusiasm the delicacies offered, each one of the guests defined its adhesion to national or American cultural values. By commenting their personal characteristics, Mário de Andrade succeeded in not portraying those persons as manipulated puppets. The analysis of that work in the context of the time it was composed, opened curious anthropological perspectives of thinking about the emergency of culinary as a relevant theme of ethno-historical studies.

    • português

      A derradeira obra de Mário de Andrade, O banquete, obra que ele redigia quando foi surpreendido pela morte e que permaneceu incompleta, apresentou usos literários inovadores de comidas. Por intermédio de um almoço elegante, o autor discorreu sobre problemas vivenciados pela criação musical erudita brasileira na década de 1940. A degustação de cada nova iguaria servida aos convidados de um banquete peculiar ocasionou a discussão de facetas dos problemas que a produção e a recepção pública das atividades musicais brasileiras enfrentavam por volta de 1940. A escolha do cardápio não se mostrou inocente. Ao contrastar comidas nacionais saborosas e pouco vistosas e comidas sedutoras impingidas pela intromissão de uma norte-americana, Mário de Andrade reivindicou um lugar ao sol para o folclore que deveria, a seu ver, constituir uma fonte de inspiração para compositores brasileiros de obras eruditas. Dos cinco comensais presentes no banquete, quatro lidavam com a música: uma anfitriã apreciadora das artes, uma cantora famosa, um político responsável pelo financiamento às artes e um compositor talentoso, não conformista e pobre. Ao aceitar com maior ou menor entusiasmo as iguarias oferecidas, cada comensal definiu sua adesão a valores culturais nacionais ou estrangeiros. Comentários revelando características pessoais permitiram a Mário de Andrade evitar que tais personagens parecessem marionetes manipuladas. A análise da obra no contexto de sua época, abriu também curiosas perspectivas antropológicas de reflexão sobre o surgimento da culinária como tema relevante de estudos etno-históricos.


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