Este trabalho se apresenta como um ensaio para expandir a análise jurídica nas relações de boa-fé entre agentes econômicos. Através da revisão bibliográfica de doutrinas jurídica, organizacional e econômica, procura-se identificar as diferenças entre os conceitos de empresário e empreendedor, usualmente tratados como sinônimos. Através da teoria organizacional, especificamente pela teoria causation/effectuation, explica-se como ocorre a tomada de decisão de um agente econômico e como essa decisão pode ser compreendida pelo Direito. O agente econômico, a contrario sensu, não se mostra como um indivíduo que detém todo o conhecimento do mercado, mas sim um indivíduo de racionalidade limitada e sujeito a ataques oportunistas que o obrigam a tomar decisões baseadas em suas relações de confiança. A confiança vai estar inserida no contexto jurídico da boa-fé, alcançando um sentido mais amplo daquele desenvolvido pela dogmática jurídica tradicional. Pela utilização da teoria organizacional e econômica, espera-se demonstrar como uma visão transdisciplinar poderá auxiliar o Direito a analisar as novas relações contratuais
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