Brasil
I present an updated version of my translation of the poem The Raven, by Edgar Allan Poe, into Brazilian Portuguese, followed by a study on the concepts that guided the practice and comments regarding the creative choices of the process. I open the discussion with the question of untranslatability in poetry; then, I explore the concepts of “transcreation” and “paramorphy”, as proposed by the Brazilian translator Haroldo de Campos; finally, I return to the concepts to address them in the poems The Raven and O Corvo, especially with regard to how the rhythmic, rhymic and alliterative patterns are decisive for the construction of the poem’s meanings. I comment on specific choices made in the process of translation, with extra attention to the paronomastic effects between “Lenore – nevermore” and “Raven – never”, also considering the choices of some previous translations. I argue that the creative attitude on translation of poetry is decisive for the potentiation of effects that are beyond the semantic surface of poetic texts.
Apresento uma versão atualizada de minha tradução do poema The Raven, de Edgar Allan Poe, para o português brasileiro, acompanhada de um estudo teórico sobre as concepções que nortearam a prática e amparada por comentários referentes às escolhas criativas desse processo. Abro a discussão com a debatida questão da intraduzibilidade na poesia; prossigo com os conceitos de “transcriação” e “paramorfia”, conforme propostos por Haroldo de Campos; por fim, retomo os conceitos expostos para evidenciá-los nos poemas The Raven e O Corvo, especialmente no que diz respeito a como os padrões rítmicos, rímicos e aliterativos são determinantes para a construção de sentidos do poema. Comento escolhas pontuais feitas no processo de transcriação do poema, com atenção extra aos efeitos de sentido paronomásticos entre Lenore – nevermore e Raven – never e ponderando as escolhas de algumas traduções anteriores. Defendo que a postura criativa na tradução de poesia é determinante para a potencialização de efeitos que fogem à dimensão semântica dos poemas.
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