Isabella Brenda Kauich, Simone Tiemi Taketa Bicalho
Objetivo: Este trabalho teve como objetivo levantar se a adesão do home office está trazendo benefícios para a vida de seus adeptos, e avaliar a existência de futuros colaboradores para a modalidade.
Referencial teórico: De acordo com IPEA (2021a), 11% dos brasileiros trabalharam na modalidade remota, no ano de 2021. Levando em consideração que 74 milhões de pessoas estavam empregados naquela época, 8,2 milhões teriam adquirido o formato online, as quais estariam especialmente no Sudeste, pois foi a região que apresentou o maior número de adeptos, 4,7 milhões, o que corresponde a 58,2% do total. O IPEA (2021a) também conseguiu definir um perfil para os colaboradores no formato remoto do ano de 2020, sendo predominante as mulheres brancas com ensino superior completo ou pós-graduadas, entre seus 30 a 39 anos que estejam no setor privado. Essa pesquisa foi realizada também em 2021, onde foi observado que o perfil se manteve o mesmo, e que os trabalhadores home office estão em sua maioria em empregos formais. Em contrapartida, apesar do indivíduo se moldar e se esforçar para continuar sendo um membro que contribui para o crescimento da empresa, questiona-se a crença de que o trabalho remoto também possa contribuir para a falta de promoção dos funcionários, sendo que geralmente os que trabalham com a modalidade presencial tem maiores oportunidades de ascensão de carreira (BOREHAN; LAMMONT, 2003). Sobre a saúde mental dos indivíduos, temos o trabalho remoto como um contribuidor para um distanciamento social. Visto que o ser humano necessita ser social, pertencer e se relacionar com um grupo de pessoas, é uma necessidade básica de sobrevivência, "A comunicação é uma necessidade básica da pessoa humana, do homem social" (BORDENAVE, 2017, p.17), a falta dela pode causar problemas tanto de compreensão e equívocos quando ligamos a realização do trabalho, mas também pode causar problemas pessoais e psicológicos.
Método: Este trabalho teve como percurso metodológico a pesquisa exploratória descritiva, com revisão bibliográfica sobre o home office e suas vantagens e desvantagens para o indivíduo e para as equipes. Os sujeitos foram os alunos do curso de tecnologia em Gestão Empresarial, do turno vespertino e noturno, da FATEC de Indaiatuba.
Resultados e Conclusão: Os resultados indicam que em sua maioria o gênero feminino prevalece, pois há mais mulheres no curso de Gestão Empresarial. Sendo a comodidade um dos pontos mais positivos por parte dos respondentes. Logo, o trabalho aponta que há mais benefícios na adoção do home office, mas que é necessário maior autodisciplina e saber lidar com mais responsabilidades necessárias a atividade. Uma vez que não há o convívio social presencial e pessoas te coordenando pessoalmente.
Implicações da pesquisa: O presente trabalho abordou a empregabilidade na modalidade home office e seu impacto sobre o indivíduo que utiliza essa modalidade. Logo, ainda são necessários mais trabalhos para se avaliar os impactos dessa modalidade na saúde dos usuários. Uma vez, que é recente o seu uso.
Originalidade/Valor: As implicações do trabalho na modalidade online nos universitários são relevantes, uma vez, que muitos são nativos digitais e deveriam estar mais adaptados a tal tecnologia. No entanto, o presente trabalho apresenta que há algumas características necessárias para se realizar o trabalho na modalidade home office que por vezes as pessoas podem não apresentar e precisam desenvolver tal habilidade, como organização e familiaridade com a tecnologia. Sendo que muitas vezes os usuários desconhecem de tais habilidades.
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