Brasil
El objetivo general del presente artículo es comprender la pandemia desde la perspectiva de la práctica social. Parte del supuesto de que la pandemia, más que un problema de distribución geográfica de una enfermedad, constituye una amenaza repentina al flujo usual de las prácticas cotidianas. Como proceso de ruptura de la manera habitual de ser y estar con otros, la pandemia demanda el desarrollo de prácticas para hacer frente a las diferentes perturbaciones del entorno percibido. Así, dada la importancia de comprender qué y cómo hacen los actores para responder a los escenarios sociales, el artículo explora los principios teóricos y metodológicos de las perspectivas socioantropológicas contemporáneas -las “nuevas sociologías”- que, inspiradas en la existencial-fenomenología y el pragmatismo, buscan aclarar y explicar cuestiones sobre las “formas de estar en el mundo” de los diferentes colectivos. En esta perspectiva, la pandemia se configura en función del espacio donde se formula el cuestionamiento; se constituye como algo que se hace en la práctica y de las prácticas, en su materialidad, en las asociaciones que los actores realizan en situaciones concretas. Es precisamente porque está necesariamente enraizada en el mundo que la pandemia adquiere significado.
The general objective of this article is to understand the pandemic from a social practice perspective. It starts from the assumption that a pandemic, rather than a problem of geographical distribution of a disease, constitutes a sudden threat to the current flow of everyday practices. As a process of rupture with everyday forms of being with others, the pandemic demands the development of practices to deal with the different disturbances of the perceived environment. Thus, in view of the importance of understanding what and how actors do to respond to social scenarios, the article explores the theoretical and methodological principles of contemporary socio-anthropological perspectives - the “new sociologies” - which, inspired by existential-phenomenology and pragmatism, seek to clarify and explain questions concerning the “ways of being in the world” of different collectives. In this perspective, pandemic is configured according to the space where the questioning is formulated; it is constituted as something that is done in practice and of practices, in its materiality, in the associations that the actors make in concrete situations. It is precisely because it is necessarily rooted in the world that the pandemic acquires significance.
O presente artigo tem por objetivo geral compreender a pandemia a partir de uma perspectiva da prática social. Parte do pressuposto de que a pandemia, mais do que um problema de distribuição geográfica de uma doença, constitui uma súbita ameaça ao fluxo corrente de práticas cotidianas. Sendo um processo de ruptura com o modo usual de se estar com os outros, a pandemia demanda o desenvolvimento de práticas para se lidar com as diferentes perturbações do ambiente percebido. Assim, tendo em vista a importância de compreender o que e como fazem os atores para responder aos cenários sociais, o artigo explora os princípios teórico-metodológicos de perspectivas socioantropológicas contemporâneas – as “novas sociologias” – que, inspiradas na fenomenologia-existencial e no pragmatismo, buscam esclarecer e explicitar questões acerca dos “modos de ser no mundo” de diferentes coletivos. Nessa perspectiva, a pandemia é configurada de acordo com o espaço onde se formula o questionamento; se constitui como algo que é feito na prática e de práticas, na sua materialidade, nas associações que os atores realizam em situações concretas. É justamente por estar necessariamente enraizada no mundo, que a pandemia adquire significação.
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