O facto de os imaginários do passado co-construírem o presente é evidenciado pela litera- tura e pela arte sobre Covid-19. No caso do Brasil, foi salientado que a crise do coronavírus reforçou as estruturas da colonialidade, ou seja, os efeitos persistentes do colonialismo. Tanto as crónicas do início da Idade Moderna como os textos e fotografias contemporâneos refletem e questionam os padrões coloniais, criando interfaces biopolíticas a nível estético. Será que os produtos de períodos históricos tão diferentes produzem semelhanças relativamente à doença? Com base na teoria biopolítica, este artigo examina as obras de Ailton Krenak, Gui Christ e Alessandro Falco sobre a Covid-19, bem como as representações da doença de Leonardo do Vales e José de Anchietas na Bahia na década de 1560.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados