Brasil
Teniendo como lema la descripción de una asamblea indígena ubicada en una región amenazada por la deforestación causada por el avance de la frontera agrícola en la Amazonía central brasileña, reflexiono sobre las “huellas y signos de formas de vida pasadas llevadas al presente”, o lo que Anna Tsing et al. (2017) denominan como “fantasmas del Antropoceno soplando sobre paisajes embrujados”. ¿Cómo podemos prestar atención a este palimpsesto de tiempo/espacio presente en los paisajes cuando proponemos seguir a nuestros interlocutores a lo largo de sus redes terrestres? La historia que traigo aquí es el resultado de esa experiencia de participar en una asamblea indígena acompañando a los apurinã a través de las aguas fangosas del río Purús y sus arroyos de aguas negras, dejándoles desplegar la gama de controversias en las que están involucrados durante estos desplazamientos.
Having as its motto the description of an indigenous assembly located in a region threatened by deforestation caused by the advance of the agricultural frontier in the central Brazilian Amazon, I reflect on the “traces and signs of past ways of life carried into the present”, or what Anna Tsing et al. (2017) name as “ghosts of the Anthropocene blowing over haunted landscapes”. How can we pay attention to this palimpsest of time/space present in landscapes when we propose to follow our interlocutors along their terrestrial networks? The story I bring here is the result of that experience of participating in an indigenous assembly accompanying the Apurinã through the muddy waters of the Purus River and its blackwater streams, letting them unfold the range of controversies in which they are involved during these displacements.
Tendo como mote a descrição de uma assembleia indígena celebrada em uma região ameaçada pelo desmatamento ocasionado pelo avanço da fronteira agrícola na Amazônia central brasileira, faço uma reflexão acerca dos “vestígios e sinais de modos de vida passados carregados no presente”, ou aquilo que Anna Tsing et al. (2017) nomeiam como “fantasmas do antropoceno soprando sobre paisagens assombradas”. Como prestar atenção a esse palimpsesto de tempo/espaço presente nas paisagens quando nos propomos a seguir nossos interlocutores ao longo de suas redes terrestres? A história que trago aqui é fruto dessa experiência de participar de uma assembleia indígena acompanhando os Apurinã pelas águas barrentas do rio Purus e seus igarapés de água preta, deixando-os desdobrar ao longo desses deslocamentos o leque de controvérsias nos quais estão metidos.
© 2001-2024 Fundación Dialnet · Todos los derechos reservados