As diferenças relacionadas a fatores de classe e raciais, as desigualdades e formas de exclusão também são observadas em espaços e equipamentos públicos lúdicos dedicados às infâncias na cidade de São Luís. No quilombo da Liberdade, esses ambientes refletem o descaso do poder público: são centralizados, não sendo facilmente acessados ao conjunto da população do Bairro, encontram-se em péssimas condições de manutenção e diferem-se estética e formalmente dos espaços lúdicos das áreas com metros quadrado mais caros da cidade.
Este ensaio fotoetnográfico é oriundo de um experimento social realizado com crianças no bairro da Liberdade, por meio de oficina de fotografia, visita de campo guiada pelas crianças, jogos de imaginação de cenários futuros, expressão por meio do desenho e desenvolvimento de maquetes. Com o olhar voltado para o brincar, o experimento objetivou fomentar a participação ativa das crianças no planejamento de espaços e equipamentos de caráter lúdico, além de trabalhar os conceitos de participação cidadã, protagonismo infantil, democracia, sustentabilidade, direito à cidade e direto de brincar na cidade. O ensaio retratou a situação do bairro e a percepção das crianças sobre seu lugar de brincadeira, durante o experimento.
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