Ayuda
Ir al contenido

Dialnet


Resumen de ¿Los Moxihatëtë Thëpë y la Educación Matemática?

Michela Tuchapesk da Silva, Carolina Tamayo, Elizabeth Gomes Souza

  • español

    La selva amazónica es un espacio disputado por diferentes actores, que tienen distintas formas de entender y relacionarse con la selva. Estas diferencias se acentúan, pues por un lado, la tierra y sus seres naturales son entendidos como 'recursos' que pueden ser explotados desde una lógica privada, por otro lado, para el pueblo Moxihatëtë Thëpë de la Amazonía -pueblo Yanomami-, los seres humanos son cohabitantes de la tierra-selva, entendida como un ser vivo compuesto por innumerables seres vivos. Los seres humanos no tienen privilegios ontológicos en relación con otros seres. Para los Yanomami, la posibilidad de pensar el espacio/territorio desde una perspectiva de propiedad y/o explotación es extraña. Así, considerando la medida de emergencia y humanitaria decretada para salvaguardar al pueblo Yanomami, por los efectos de la explotación minera ilegal, agravada durante los últimos cuatro años por el desprecio del poder público, el objetivo del presente artículo es 'denunciar' los discursos colonialistas que permean la Educación Matemática como un campo de investigación para 'anunciar', en el sentido de Freire (1997), formas decoloniales de practicar la investigación y la enseñanza de las matemáticas que promuevan la justicia social y otras relaciones con la Madre Tierra. Este interés nace de nuestro lugar como mujeres latinoamericanas, como educadoras matemáticas y formadoras de docentes en los cursos de licenciatura de Formación Intercultural para Educadoras Indígenas (UFMG), Educación do Campo (UFMG), Licenciatura en Pedagogía (UFMG/FEUSP), Licenciatura Integrada en Ciencias, Matemáticas e Idiomas (UFPA) y Licenciatura en Matemática (UFMG/FEUSP). Situamos la crisis sanitaria y humanitaria Yanomami en el foco de la Educación Matemática, pues entendemos la importancia de que el campo tome partido por la vida, por la lucha y por la resistencia de los pueblos de la selva que aún hoy sufren con el patron de poder instituido por la modernidad/colonialidad. Problematizamos la invisibilización de los conocimientos sobre la selva de los pueblos originarios en los currículos de matemáticas -escolares y universitarios- en tanto contribuye al mantenimiento de las políticas económicas capitalistas que encuentran su fundamento en la dicotomía entre los humanos y los demás seres de la naturaleza. Elegimos el “Buen Vivir” de los pueblos originarios como una política ontológica, económica, social y educativa otra, que promueve la decolonización de las formas imperialistas de ocupar la Madre Tierra y producir conocimiento.

  • English

    The Amazon forest is a space disputed by different actors, who have different ways of understanding and relationships with the forest. These differences are tensioned because of the one hand, the land and its natural beings are understood as 'resources' that can be exploited according to a private logic, on the other hand, for the Moxihatëtë thëpë people of the Amazon - Yanomami people-, human beings are cohabitants of the forest-land, understood as a living being composed of countless living beings. The human beings do not have ontological privileges in relation to other beings. Thus, from the emergency and humanitarian measure decreed to safeguard the Yanomami people, due to the effects of illegal mining exploitation, aggravated during the last four years by the contempt of the public power. The purpose of this writing is to 'denounce' colonialist discourses that permeate Mathematics Education as a research field in order to 'announce', in the Freirian sense (1997), decolonial ways of practicing mathematics research and teaching that promote social justice and other relations with Mother Earth. This interest comes from our place as Latin American women, as mathematics educators and teacher in the Intercultural Education for Indigenous Educators (UFMG), Education of the Field (UFMG), Degree in Pedagogy (UFMG/FEUSP), Integrated in Science, Mathematics and Languages (UFPA) and Degree in Mathematics (UFMG/FEUSP). We put the Yanomami health and humanitarian crisis in the focus of Mathematics Education, because we understand the importance of the field to choose life, the struggle, and the resistance of the forest people that suffer until today with the pattern of power instituted by modernity/coloniality. We problematize the invisibilization of native peoples' knowledge about the forest in the curriculum of Mathematics - schools and universities - since this invisibilization contributes to the maintenance of capitalist economic policies that are based on the dichotomy between humans and other beings of nature. We elect the Bem Viver -Good Living- of the forest indigenous people as a different ontological, economic, social, and educational policy that promotes the decolonization of the imperialist ways of occupying Mother Earth and of producing knowledge.

  • português

    A floresta amazônica é um espaço disputado por diferentes atores, que possuem distintas formas de entendimento e relações com a floresta. Essas diferenças se tensionam, pois se de um lado, a terra e seus seres naturais são entendidos como ‘recursos’ que podem ser explorados a partir de uma lógica privada, por outro lado, para o povo Moxihatëtë thëpë da amazônia - povo Yanomami-, os seres humanos são coabitantes da terra-floresta, entendida como um ser vivo composto de incontáveis seres vivos. Os seres humanos não possuem privilégios ontológicos em relação aos demais seres. Para o Yanomami é estranha a possibilidade de se pensar o espaço/território a partir de um viés de propriedade e/ou exploração. Assim, considerando a medida emergencial e humanitária decretada para salvaguardar ao povo Yanomami, devido aos efeitos da exploração da mineração ilegal, agudizada durante os últimos quatro anos pelo desprezo do poder público, o objetivo desta escrita é ‘denunciar’ discursos colonialistas que permeiam a Educação Matemática como campo de pesquisa para ‘anunciar’, no sentido freiriano (1997), modos decoloniais de praticar a pesquisa e o ensino de matemáticas que promovam a justiça social e outras relações com a Mãe Terra. Este interesse nasce do nosso lugar como mulheres latinoamericanas, como educadoras matemáticas e formadoras de professores nos cursos de Formação Intercultural para Educadores Indígenas (UFMG), Educação do Campo (UFMG), Licenciatura em Pedagogia (UFMG/FEUSP), Licenciatura integrada em Ciências, Matemática e Linguagens (UFPA) e Licenciatura em Matemática (UFMG/FEUSP). Colocamos a crise sanitária e humanitária Yanomami no foco da Educação Matemática, por  entendermos a importância do campo tomar partido pela vida, pela luta e pela resistência dos povos da floresta que sofrem até hoje com o padrão de poder instituído pela modernidade/colonialidade. Problematizamos a invisibilização dos conhecimentos sobre a floresta dos povos originários nos currículos de matemática -escolares e universitários- visto que contribui com a manutenção de políticas econômicas capitalistas que encontram fundamento na dicotomia entre humanos e outros seres da natureza. Elegemos o “Bem Viver” dos povos originários como uma política ontológica, econômica, social e educacional outra, que promove a decolonização dos modos imperialistas de ocupar a Mãe Terra e de se produzir conhecimento.


Fundación Dialnet

Dialnet Plus

  • Más información sobre Dialnet Plus