O tempo da ironia em The Love Song of J. Alfred Prufrock, de T. S. Eliot

• Aguiar, Angiuli Copetti de ^[1]
  1. [1] Universidade Federal de Santa Maria

     Universidade Federal de Santa Maria

     Brasil

     
• Localización: Anuário de literatura: Publicaçao do Curso de Pós-Graduaçao em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, ISSN 1414-5235, Nº 28, 2023, págs. 1-19
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • The temporality of irony in The Love Song of J. Alfred Prufrock, by T. S. Eliot
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• Resumen
  • English

    “Time”, as theme and structuring element, is one of the main aspects of T. S. Eliot’s poem The Love Song of J. Alfred Prufrock. As such, many scholars of Eliot’s work like Nancy Gish and J Hillis Miller have proposed analyses and interpretations of temporality in the poet’s oeuvre and The Love Song in particular. As regards the poem, the critics seem to agree over the form with which time appears in it: as continuity without succession, on the one hand, and as succession without continuity, on the other. In our study, we built on this conclusion and tried to conciliate the temporal aspect of The Love Song with another of its central elements, its irony. Basing our investigation on the ideas of Søren Kierkegaard and Paul De Man, we identified that irony, especially romantic irony, the philosophy that founds modern subjectivity, has its own formulation of temporality. For the ironic subject, present time is boredom or suddenness, that is, continuity without succession and succession without continuity, respectively, and the past, a fiction, while the future is seen as anxiety. Thus, we have tried to identify how the treatment of time in The Love Song corresponds to the “temporality of irony” through a thematic and stylistic analysis of some of the poem’s passages. We concluded through the study that the temporality represented in the work is characterized by the disharmony between continuity and succession of time, and that, in agreement with the aesthetic of romantic irony, time in the poem is composed of boredom and suddenness in the present, absence and mystification of the past, and deferment and anxiety of the future.

  • português

    O “tempo”, como tema e como elemento estruturante, é um dos aspectos centrais do poema The Love Song of J. Alfred Prufrock, de T. S. Eliot. Como tal, diversos estudiosos da obra de Eliot, como Nancy Gish e J. Hillis Miller, propuseram análises e interpretações da temporalidade na produção do poeta e em The Love Song em particular. Quanto ao poema, a crítica parece concordar quanto à forma com que o tempo aparece nele: como continuidade sem sucessão, por um lado, e como sucessão sem continuidade, por outro. Em nosso estudo, partimos dessa conclusão e procuramos conciliar o aspecto temporal de The Love Song com outro elemento central seu, a ironia. Apoiando-nos nas ideias de Søren Kierkegaard e Paul De Man, identificamos que a ironia, em especial a ironia romântica, filosofia que funda a subjetividade moderna, possui uma formulação própria da temporalidade. Para o sujeito irônico, o tempo presente é tédio ou súbito, isto é, continuidade sem sucessão e sucessão sem continuidade, respectivamente, e o passado, uma ficção, enquanto que o futuro é tido como angústia. Assim, procuramos identificar como o tratamento do tempo em The Love Song corresponde ao “tempo da ironia” através de uma análise temática e estilística de algumas passagens do poema. Concluímos pelo estudo que a temporalidade representada na obra é pautada pela desarmonia entre continuidade e sucessão do tempo e que, em consonância com a estética irônica romântica, o tempo, no poema, é composto de tédio e súbito do presente, ausência e mistificação do passado, e prorrogação e angústia do futuro.