“A virgindade de que ela era a depositária”: a representação de Caddy Compson em O som e a fúria, de William Faulkner

• Mangueira, José Vilian ^[1]
  1. [1] Universidade Estadual da Paraíba

     Universidade Estadual da Paraíba

     Brasil

     
• Localización: Anuário de literatura: Publicaçao do Curso de Pós-Graduaçao em Letras, Literatura Brasileira e Teoria Literária, ISSN 1414-5235, Nº 28, 2023, págs. 1-18
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • “The virginity of which she was custodian”: the representation of Caddy Compson in The Sound and the Fury, by William Faulkner
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• Resumen
  • English

    Our aim here is to offer a reading of the multiple voices in William Faulkner’s The sound and the fury so as to build up an interpretation about the silence imposed to Candance (Caddy) Compson in the narrative. To do so, we center our interpretation on the way the novel is narrated, using male voices to present the same events experienced by the Compson’s family. Thus, we highlight the fact that Caddy, the female character, is defined by the three male voices of the brothers Quentin, Jason and Benjamin, who command the three initial chapters of the narrative. As a consequence, it is denied to Caddy the right to tell her own version of the facts narrated by the three brothers. In addition, the text also constructs that female figure as the responsible for the ruin of the family. Our reading dialogues with works by Helloise Toller Gomes (1981), Susan Sontag (1987) and Susanna Hempstead (2020), among others.

  • português

    Nosso objetivo aqui é oferecer uma leitura das múltiplas vozes do romance O som e a fúria, de William Faulkner, para construir uma interpretação sobre o silêncio imposto a Candance (Caddy) Compson dentro da narrativa. Para tanto, centramos nossa interpretação no modo como o romance é narrado, utilizando as vozes masculinas para contar os mesmos eventos vividos pela família Compson. Assim, destacamos que a figura feminina, Caddy, é filtrada pelas três vozes masculinas dos irmãos Quentin, Jason e Benjamin, que comandam os três capítulos iniciais da narrativa. Como consequência, é negado a Caddy o direito de contar a sua versão sobre os fatos narrados pelos três irmãos. Além disso, o texto ainda constrói essa figura feminina como representante da queda da família. Nossa leitura dialogará com o trabalho de Helloisa Toller Gomes (1981), Susan Sontag (1987) e Susanna Hempstead (2020), entre outros.