Curadoria em arte/arqueologia: processos de proto e pós-escavação

• Pedro da Silva ^[2] ; Inês Moreira ^[1]
  1. [1] Universidade do Minho

     Universidade do Minho

     Braga (São José de São Lázaro), Portugal

     
  2. [2] CEAACP
• Localización: Midas: museus e estudos interdisciplinares, ISSN-e 2182-9543, Nº. 15, 2022
• Idioma: portugués
• Títulos paralelos:
  • Curating art/archaeology: proto and post-excavation processes
• Enlaces
  • Texto completo
• Resumen
  • English

    The transdisciplinary practice of art/archaeology has been creating a new relationship between the worlds of archaeology and contemporary art. Created a new confluence, where archaeologists and/or artists leverage their research, creative and performative work, we argue that curating in art/archaeology will serve to expand new directions in the field of knowledge production. In this article, we analyse the international literature on this emerging topic, serving as a basis and method for discussing case studies. These case studies refer to examples of Portuguese contemporary artistic creation, namely from the collective Pedra no Rim and the artist João Gomes Gago. From the hypotheses raised by the literature on art/archaeology and its discussion through the selected case studies we highlight how ceramic materiality can serve as a curatorial case study to question the very definition of “archaeological artefact”. From the proposed processes (or methodologies) of proto-excavation and post-excavation, we (re)interpret these artefactual records, from new contemporary artistic formats, of mediation and resignification of a past that will be archaeological. We conclude that art/archaeological curatorship may have a fundamental role in questioning the very definition of “archaeological artefact” as a passive and immutable object or “thing”. That is, art/archaeological curatorship emphasizes the importance of individual perspectives and social and historical relations in the construction of the meaning of archaeological artifacts.

  • português

    A prática transdisciplinar da arte/arqueologia tem vindo a criar uma nova relação entre os mundos da arqueologia e da arte contemporânea. Criada uma nova confluência, onde arqueólogos e/ou artistas potenciam o seu trabalho investigativo, criativo e performativo, defendemos que a curadoria em arte/arqueologia servirá para expandir novas direções no campo da produção de conhecimento. Neste artigo, analisamos a literatura internacional sobre este tema emergente, servindo de base e método para discutir casos de estudo. Esses casos de estudo referem-se a exemplos de criação artística contemporânea portuguesa, nomeadamente a partir do coletivo Pedra no Rim e do artista plástico João Gomes Gago. A partir das hipóteses levantadas pela literatura sobre arte/arqueologia e a sua discussão através dos casos de estudo selecionados evidenciamos como a materialidade cerâmica pode servir como caso de estudo curatorial para questionar a própria definição de “artefacto arqueológico”. A partir dos processos (ou metodologias) de proto-escavação e pós-escavação que propomos, (re)interpretamos esses registos artefactuais, a partir de novos formatos artísticos contemporâneos, de mediação e de ressignificação de um passado que será arqueológico. Concluímos que a curadoria em arte/arqueologia tem um papel fundamental no questionamento da própria definição de “artefacto arqueológico” enquanto objeto ou “coisa” passiva e imutável. Isto é, a curadoria em arte/arqueologia enfatiza a importância das perspetivas individuais e das relações sociais e históricas na construção do significado dos artefactos arqueológicos.