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Editorial

    1. [1] Universidad Nacional de Córdoba

      Universidad Nacional de Córdoba

      Argentina

  • Localización: ConCienciaSocial, ISSN 2591-5339, Vol. 3, Nº. Extra 2, 2020
  • Idioma: español
  • Enlaces
  • Resumen
    • español

      “Se puede decir, entonces, que las prácticas permanecerían en el tiempo personal de los sujetos en formación como una de las marcas más potentes en lo que refiere a la constitución de su identidad profesional” (Acevedo y Peralta, 2010) Desde hace años, quienes formamos parte de la Carrera de Trabajo Social de la UNC; nos venimos preguntando -y a la vez ensayando posibles respuestas- sobre los modos de enseñar, aprender, hacer y saber hacer en las prácticas académicas. Preguntas que fueron profundizadas – junto a los debates disciplinares nacionales y latinoamericanos- a partir de la implementación de planes de estudios que (re)significaban la práctica como eje central para la formación de grado, en escenarios y contextos de formación y de intervención cada vez más complejos.

      Nuestro Plan de Estudios 2004 define a las prácticas académicas como “un espacio central de aprendizaje en la formación (…) se construyen como un espacio de enseñanza aprendizaje que se caracteriza por un contacto intencionado con la realidad con un objetivo de aprendizaje, diferenciándose de la práctica profesional.”[1] Por ello, también las prácticas académicas se constituyen en un tiempo/espacio de vinculación entre la Universidad y sus aulas con los diversos territorios, instituciones, otras, otros y otres.

      Es allí, en estas intersecciones, donde se crean las prácticas, donde el aula es un territorio de intervención particular, de creación de propuestas pedagógicas sobre un saber/hacer profesional; aulas atravesadas por las desigualdades de nuestros tiempos y colmadas de las diversidades de quienes las habitamos; aulas donde los modos de ser y ver el mundo se articulan a modos de pensar (se) como estudiantes y docentes de Trabajo Social.

      Al tiempo, los territorios –esos escenarios fuera de la Universidad con sus protagonistas, lógicas, demandas, miradas propias sobre la profesión– son potentes espacios de enseñanza y aprendizaje, donde se ponen en diálogo diversos saberes y haceres, reconociendo las diferentes perspectivas de actores que confluyen en la construcción de estrategias de enseñanza y  aprendizaje de la profesión.

      Desde hace al menos 20 años, la entonces Escuela de Trabajo Social - a través de sus equipos de gestión y equipos docentes, referentes institucionales, integrantes de las organizaciones y estudiantes- fue generando espacios de profundas discusiones sobre el lugar y las características de las prácticas en la formación de grado. Producto de estos caminos colectivos, de las apuestas institucionales y de los impulsos de las cátedras por escribir y reflexionar sobre nuestra tarea cotidiana; nace este número especial de la Revista Conciencia Social; número que nombramos “Cuando los territorios se vuelven aulas. Las prácticas formativas en Trabajo Social”, y que fue gestado como una invitación a la pausa, a un momento específico para (re)pensar, desandar y volver a escribir sobre los aprendizajes, desafíos y anhelos sobre las prácticas en Trabajo Social, a la luz de las trayectorias y de las nuevas exigencias que estos tiempos imprimen a nuestro saber - saber hacer.  Este Número toma cuerpo en un momento de especial complejidad para nuestros pueblos, escenarios que cristalizan las mayores injusticias y desigualdades al tiempo que nos invitan a redoblar las disputas culturales, políticas, epistémicas por los sentidos y la necesidad de pensar y hacer formas distintas de habitar el mundo. Desde nuestros lugares – Universidad Pública y Trabajo Social- son tiempos de fortalecer los compromisos éticos y políticos que nos conforman como profesión; es tiempo también de darnos el tiempo de reflexión y escucha, de co-construcción de aprendizajes e intervenciones creativas, flexibles a la vez que fundadas. Son tiempos para resignificar cuáles son los espacios, los modos, los procesos a través de los cuáles hacemos aprendiendo y aprendemos haciendo la profesión: ¿Desde qué marcos enseñamos y aprendemos el oficio del Trabajo Social? ¿Desde qué lentes construimos la realidad y la otredad? Y, fundamentalmente, ¿Con quiénes miramos y construimos esa realidad y nuestra profesión? ¿Con qué horizontes? [1] Documento Plan de Estudios, 2004, p13. Escuela de trabajo Social, Facultad de Derecho y Ciencias Sociales. Universidad Nacional de  Córdoba.

    • português

      "Pode-se dizer, então, que as práticas permaneceriam no tempo pessoal dos sujeitos em treinamento como uma das marcas mais poderosas com relação à constituição de sua identidade profissional" (Acevedo e Peralta, 2010) Durante anos, aqueles de nós que fazem parte da Carreira de Trabalho Social na UNC; temos nos perguntado - e ao mesmo tempo ensaiado possíveis respostas - sobre as maneiras de ensinar, aprender, fazer e saber como fazer nas práticas acadêmicas. Estas questões foram aprofundadas - juntamente com os debates disciplinares nacionais e latino-americanos - a partir da implementação de currículos que (re)significavam a prática como eixo central para o treinamento de graduação, em cenários e contextos de treinamento e intervenção cada vez mais complexos.

      Nosso Currículo 2004 define as práticas acadêmicas como "um espaço central de aprendizagem em treinamento (...) elas são construídas como um espaço de aprendizagem didática que se caracteriza por um contato intencional com a realidade com um objetivo de aprendizagem, diferenciando-a da prática profissional"[1] Portanto, as práticas acadêmicas também se constituem em um tempo/espaço de conexão entre a Universidade e suas salas de aula com os diversos territórios, instituições, outros e outros.

      É ali, nesses cruzamentos, onde se criam práticas, onde a sala de aula é um território particular de intervenção, criando propostas educativas sobre um conhecimento / fazer profissional; salas de aula atravessadas pelas desigualdades de nosso tempo e preenchidas pelas diversidades daqueles que as habitam; salas de aula onde os modos de ser e de ver o mundo se articulam a modos de pensar (se) como estudantes e professores de Serviço Social.

      Ao mesmo tempo, os territórios - aqueles cenários fora da Universidade com seus protagonistas, lógicas, exigências, visões próprias sobre a profissão - são espaços poderosos de ensino e aprendizagem, onde diversos conhecimentos e feitos são colocados em diálogo, reconhecendo as diferentes perspectivas dos atores que convergem na construção de estratégias de ensino e aprendizagem da profissão.

      Há pelo menos 20 anos, a então Escola de Serviço Social - através de suas equipes de gestão e ensino, referências institucionais, membros das organizações e estudantes - vem gerando espaços para discussões profundas sobre o lugar e as características das práticas de treinamento em graduação. Como resultado desses caminhos coletivos, das apostas institucionais e dos impulsos das cadeiras para escrever e refletir sobre nossa tarefa diária, nasceu esta edição especial da Revista Consciência Social; uma edição que chamamos de "Quando os territórios se tornam salas de aula". As práticas formativas no Serviço Social", e que foi gestacionado como um convite à pausa, a um momento específico para (re)pensar, retraçar e escrever novamente sobre os aprendizados, desafios e desejos sobre as práticas no Serviço Social, à luz das trajetórias e das novas demandas que estes tempos imprimem ao nosso conhecimento - know-how.  Esta questão toma forma em um momento de especial complexidade para nossos povos, cenários que cristalizam as maiores injustiças e desigualdades, enquanto nos convidam a redobrar as disputas culturais, políticas, epistêmicas sobre os sentidos e a necessidade de pensar e fazer diferentes maneiras de habitar o mundo. De nossos lugares - Universidade Pública e Serviço Social - é hora de fortalecer os compromissos éticos e políticos que nos moldam como profissão; também é hora de nos dar tempo para refletir e ouvir, para co-construir o aprendizado e as intervenções criativas, flexíveis e fundadas ao mesmo tempo. Estes são tempos para re-significar quais são os espaços, os caminhos, os processos através dos quais aprendemos e aprendemos fazendo a profissão: De que quadros ensinamos e aprendemos a profissão de Serviço Social? De que lentes construímos a realidade e a alteridade? E, fundamentalmente, com quem olhamos e construímos essa realidade e nossa profissão? Com que horizontes? 1] Documento do Plano de Estudo, 2004, p13. Escola de Serviço Social, Faculdade de Direito e Ciências Sociais. Universidade Nacional de Córdoba.

    • English

      "It can be said, then, that the practices would remain in the personal time of the subjects in training as one of the most powerful brands in terms of the constitution of their professional identity" (Acevedo and Peralta, 2010) For years, those of us who are part of the Social Work Career at the UNC have been asking ourselves -and at the same time rehearsing possible answers- about the ways of teaching, learning, doing and knowing how to do in academic practices. These questions were deepened - together with national and Latin American disciplinary debates - through the implementation of curricula that (re)meant practice as the central axis for degree training, in increasingly complex training and intervention scenarios and contexts.

      Our 2004 Curriculum defines academic practices as "a central space of learning in training (...) they are constructed as a space of teaching learning that is characterized by an intentional contact with reality with a learning objective, differentiating it from professional practice"[1] Therefore, academic practices are also constituted in a time/space of connection between the University and its classrooms with the diverse territories, institutions, others, and others.

      It is there, in these intersections, where practices are created, where the classroom is a particular territory of intervention, of creation of pedagogical proposals on a professional knowledge/doing; classrooms crossed by the inequalities of our times and filled with the diversities of those who inhabit them; classrooms where the ways of being and seeing the world are articulated to ways of thinking (se) as students and teachers of Social Work.

      At the same time, the territories -those scenarios outside the University with their protagonists, logics, demands, own views on the profession- are powerful spaces of teaching and learning, where diverse knowledge and doings are put in dialogue, recognizing the different perspectives of actors who converge in the construction of teaching and learning strategies of the profession.

      For at least 20 years, the then School of Social Work - through its management and teaching teams, institutional referents, members of the organizations and students - has been generating spaces for deep discussions about the place and characteristics of the practices in degree training. As a result of these collective paths, the institutional bets and the impulses of the chairs to write and reflect on our daily task, this special issue of Social Conscience Magazine was born; an issue we call "When territories become classrooms. The formative practices in Social Work", and that was gestated as an invitation to the pause, to a specific moment to (re)think, to retrace and to write again on the learnings, challenges and desires on the practices in Social Work, in the light of the trajectories and of the new demands that these times print to our knowledge - know-how.  This issue takes shape at a time of special complexity for our peoples, scenarios that crystallize the greatest injustices and inequalities while inviting us to redouble the cultural, political, epistemic disputes over the senses and the need to think and do different ways of inhabiting the world. From our places - Public University and Social Work - it is time to strengthen the ethical and political commitments that shape us as a profession; it is also time to give us the time to reflect and listen, to co-construct learnings and creative interventions, flexible and founded at the same time. These are times to re-signify which are the spaces, the ways, the processes through which we do learning and we learn by doing the profession: From what frames do we teach and learn the profession of Social Work? From what lenses do we build reality and otherness? And, fundamentally, with whom do we look and build that reality and our profession? With what horizons? 1] Study Plan Document, 2004, p13. School of Social Work, Faculty of Law and Social Sciences. National University of Córdoba.


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