Con el fin de restaurar, aunque parcialmente, la memoria de las intensas relaciones que existían entre los distintos pueblos arawá de la región del medio curso del río Purus, este artículo aborda, a través del entrelazamiento de la vida humana y la vegetal, la socialidad que acabó rompiéndose, las historias que algún día se compartieron, pero también los vínculos que aún reverdecen en los bosques. La ciencia matera, atenta a las plantas y a los vestigios antrópicos presentes en los bosques, muestra caminos insospechados para analizar las complejas relaciones entre los hi-merimã, actualmente aislados, y sus vecinos, especialmente los jamamadi. En este texto, proponemos un análisis del relato de un encuentro a través de notas que demuestran la centralidad y fecundidad de las plantas para la comprensión de la sociabilidad y la dinámica territorial mi-merimã. Las notas se basan en datos bibliográficos oriundos de estudios antropológicos, arqueológicos y botánicos, así como en información obtenida de los pueblos indígenas y de los habitantes ribereños de la zona.
In order to recover, even partially, the memory of the intense relations that existed among the different Arawá people in the middle Purus region, this article explores, through the intertwining of human and plant life, the sociality that was broken, the stories that were once shared, but also the bonds that are still flourishing in the forests. The forester science, attentive to plants and anthropic vestiges present in the forests, shows unsuspected ways to analyze the complex relationships between the Hi-Merimã, who are now in isolation, and their neighbors, especially the Jamamadi. In this text, we propose an analysis of the narrative of an encounter through notes that demonstrate the centrality and fecundity of plants for the understanding of Hi-Merimã sociality and territorial dynamics. The notes are based on bibliographic data from anthropological, archeological and botanical studies, as well as information obtained from the indigenous peoples and river communities in the area.
Em vista de restituir, ainda que parcialmente, a memória das intensas relações que vigoravam entre os diferentes povos arawá na região do médio Purus, este artigo aborda, por meio do entrelaçamento da vida humana e vegetal, os laços de parentesco que acabaram rompidos, as histórias outrora partilhadas, mas também os vínculos que ainda verdejam nas florestas. A ciência mateira atenta às plantas e aos vestígios vegetais mostra caminhos insuspeitos para analisar as complexas relações cosmopolíticas e territoriais entre os Hi-Merimã e seus vizinhos, notadamente os Jamamadi. Neste texto, propomos uma análise do relato de um encontro através de notas que demonstram a centralidade e fecundidade das plantas para a compreensão da socialidade e dinâmica territorial. As notas fundamentam-se em dados bibliográficos de trabalhos antropológicos, arqueológicos e botânicos, e das informações obtidas junto aos povos indígenas e ribeirinhos do entorno.
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