Brasil
O artigo trata da construção recente de novos diagnósticos médicos e de um correspondente mercado consumidor em potencial considerando o caso da andropausa, "doença" que afetaria os homens a partir dos 35-40 anos de idade. A perspectiva utilizada centra-se nos estudos sociais da ciência e gênero e particularmente na necessidade de investigar as redes criadas no processo de construção dessa nova categoria. Por meio da análise da produção científica e da trajetória da construção da andropausa, ou Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino, como fenômeno de interesse público, elabora-se um processo de medicalização do homem e da sexualidade masculina, via o reforço na centralidade dos hormônios como modelo preponderante de entendimento do corpo.
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